sexta-feira, 8 de agosto de 2014

ÁGUA FONTE DE VIDA - IMPORTÂNCIA

A importância da água no nosso planeta é inigualável e desde sempre significou vida, sem água o nosso planeta seria árido e desprovido de vida, dai a frase “água fonte de vida“. Sendo o corpo humano composto por cerca de 70% água percebe-se a sua importância. Seja para um conjunto de processos metabólicos que são desencadeados diariamente no nosso organismo, ou para o auxílio na libertação de toxinas, a água tem um papel fundamenta na nossa saúde, ou em alguns casos na falta dela. Vejamos então qual é a verdadeira importância da água no nosso organismo.

Algumas funções da água no nosso organismo

§  A água transporta pelo nosso organismo os nutrientes e os detritos celulares resultantes dos processos metabólicos. A água transporta também outras substâncias, como hormonas, enzimas e células sanguíneas.
§  A água é um excelente solvente e meio de suspensão; muitas substâncias dissolvem-se ou chegam mesmo a estar suspensas, permitindo que existam reações químicas para formar novos compostos. Estas propriedades facilitam também a eliminação das toxinas acumuladas no nosso organismo através da urina.
§  Outro dos benefícios da água tem a ver com o seu efeito lubrificante nas nossas articulações. A desidratação nas cartilagens provoca movimentos abrasivos quando existe qualquer movimento ósseo resultante de uma deficiente hidratação das extremidades ósseas.
§  A água é um dos reguladores de temperatura do nosso organismo.

§  A água é essencial para todos os processos fisiológicos de digestão, absorção assimilação e de excreção.

Distribuição da água no nosso organismo

 A quantidade de água que existe no nosso corpo varia com a idade, sexo, massa muscular e com a percentagem de tecido adiposo. Em pessoas saudáveis as variações da quantidade de água no corpo surgem no crescimento, aumento ou perda de peso, durante a gravidez e lactação. O total de água corporal varia de pessoa para pessoa, sendo esse valor afetado por diversos fatores, como:

§  Massa muscular: De 70% a 75% do peso corporal nos adultos é constituído por massa muscular, sendo esta constituída por 73% de água.
§  Tecido adiposo: A percentagem de tecido adiposo no nosso organismo vai dos 10% aos 40% ou mais, contendo apenas 30% de água.
Por aqui se percebe que quando a percentagem de tecido adiposo aumenta no nosso organismo diminui a percentagem de água no mesmo. Para as pessoas que pretendem reduzir a quantidade de massa gorda no seu organismo a importância da água é fundamental sendo a mesma responsável pelo maior numero de fracassos de perca de peso, isto porque no metabolismo da gordura o organismo produz água, sendo que para cada 500 g de gordura degradada, cerca 550 g de água repleta de resíduos são produzidos.
Para que essa água seja eliminada, evitando-se a sua retenção, há necessidade de se ingerir mais água, porém limpa, sem resíduos, para proporcionar o equilíbrio hídrico do organismo, garantindo o seu funcionamento de forma saudável dai a importância da água para perde peso. Sem uma hidratação adequada, o corpo fica inchado porque a concentração de sódio aumenta e é preciso compensá-la com retenção de líquidos. Para manter a hidratação do nosso corpo são necessários, no mínimo, 8 copos grandes de água por dia (cerca de 2 litros).
§  Cérebro: Este será o maior choque para todos, pois o nosso cérebro é constituído por 85% de água e é por este motivo que existem muitas dores de cabeça que deixariam de existir com um pouco mais de água, principalmente nas mulheres. Não existindo água suficiente para o seu funcionamento o cérebro recorre ao intestino para repor a quantidade em falta, fantástica a forma de funcionamento do nosso organismo.
§  Pulmões: 80% constituídos por água.
§  Rins: 80%.
§  Sangue: 79%.
§  Coração: 77%.
*Fonte: (FNB)Institute of Medicine, 2004
Depois de ler o relatório do FNB torna-se muito mais fácil perceber a verdadeira importância da água para o corpo humano, de fato a nossa saúde e o bom funcionamento do nosso organismo é extremamente sensível à quantidade de água que ingerimos. Além de todos os danos físicos provocados por um consumo reduzido de água, a falta de água pode afetar o bom desempenho da nossa mente, aumentando a ansiedade e os níveis de stress. Por isso se costuma ter dores de cabeça e é uma pessoa stressada, antes de procurar como reduzir o stress, beba água. E você já bebeu água hoje? Lembre-se, 8 copos de água por dia é a quantidade aconselhada para a maioria das pessoas para manter um corpo e mente saudáveis.

A importância da ingestão de Água 

A prática desportiva deve ser acompanhada de uma regular reposição de água perdida durante o esforço. A este nível existem cuidados muito importantes a ter em conta e que deverão fazer parte das preocupações regulares de qualquer praticante de marcha e corrida. 

O ser Humano consegue viver durante um período de tempo relativamente elevado sem uma ingestão de macro e micro nutrientes, contudo, relativamente à água, este período de abstinência é muito inferior. A água é fundamental para todos os processos metabólicos no corpo humano. Permite o transporte, através da circulação, de substâncias necessárias para o crescimento e produção de energia, permite a troca de nutrientes e metabolitos entre órgãos e ambiente externo.

O equilíbrio do nível de água no corpo é regulado pelas hormonas e depende da presença de eletrólitos, especialmente sódio e cloro.

As Sete Leis da Dietética Naturista

Neste artigo vamos análise cada Lei que deverá ser obedecida para que tenhamos uma nutrição adequada.

1) Primeira Lei: A Lei da Regularidade

 Quando comer?

Tudo da vida depende de equilíbrio e moderação. Guardar o equilíbrio é a atitude pessoal de evitar o que é prejudicial e usar controladamente o que é lícito.
O equilíbrio é promovido através do nosso biorritmo regular.

Jamais se deveria comer qualquer coisa entre as refeições regulares. Não há absolutamente nenhuma patologia que justifique comer fora dos horários do biorritmo natural do estômago. Violar a regularidade digestória é promover uma perniciosa violação das Leis Naturais.   

·   Se quebrarmos os horários regulares das refeições, sobrecarregamos o organismo, porque o complexo digestório ainda não se desfez do alimento ingerido na refeição anterior e está sem força vital para um novo trabalho.
·    Se retardarmos o horário, o fluxo de força vital, passa do sistema digestório para os outros sistemas, então, ingerindo o alimento fora do horário fazemos um abuso, pois o estômago estará incapacitado para lidar com ele.

·    Se passarmos do horário regular de nossas refeições mais de 30 minutos, devemos ingerir somente 1 copo de suco de frutas ou suco de hortaliças e considerá-lo uma refeição completa. O tempo perfeito para os intervalos é de cinco horas e, após o almoço, é tolerável o jantar seis horas após – à partir daí somente no outro dia pela manhã.

A quebra desta Lei e das suas regras aqui expostas produzirá todo tipo de anormalidades estomacais, o sistema neural gastará força vital extra para lidar com os abusos e, tirará esta energia extra do cérebro, que por sua vez ficará entorpecido e com baixa de fluxo sanguíneo – ou seja, a mente ficará obscurecida.

Há pessoas que comem quando o organismo não carece de alimento e estabelecem uma inflamação contínua pelo excesso. Há outras que comem lixos tóxicos o dia todo, tais como biscoitos, chicletes, chocolates, refrigerantes, dentre outras guloseimas – isto causa elevada acidez estomacal.

Poucos são os que têm força moral para resistir à tentação, especialmente ao apetite, e para praticar a renúncia. Para alguns é demasiado forte para ser resistida, a tentação de ver outros tomarem a terceira refeição: e imaginam estar com fome, quando essa sensação não é um pedido do estômago para se alimentar, mas um desejo da mente que não foi fortalecida mediante princípio firme e disciplina na negação própria. Os muros do domínio próprio e da restrição própria, em nenhum caso devem ser enfraquecidos e derribados. Paulo, o apóstolo aos gentios, diz: ‘Subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado’. Os que não vencem em coisas pequeninas, não terão moral para resistir a tentações maiores. (WHITE, Ellen Gould).

As tabelas abaixo definem o processo corretamente, num exemplo livre.

DESJEJUM
ÁGUA
ALMOÇO
ÁGUA
JANTAR
ÁGUA
07:00h
09:00h às 11:30h
12:00h
14:00h às 17:00h
17:30h
19:30h às 06:30h
5:00h de pausa
5:30h de pausa
Pausa até amanhã
Observai o seguinte: Contamos sempre a partir do horário da primeira refeição. Ela é a base de cálculo diário. Após o desjejum, temos que respeitar sempre o intervalo abaixo relacionado. É interessante que a primeira refeição seja sempre cerca de uma hora após o levantar-se, e que ao despertar se tome água ou um chá digestivo, que irá alcalinizar a estrutura gastrointestinal.

1.1. Problemas Associados

O que pode ocorrer com nossa saúde, se quebrarmos o Cronobiograma Digestório?
Todo tipo de desordens estomacais, intestinais e hepáticas, são originadas antes de qualquer outro fator, na quebra do biorritmo que deveria existir para nossas refeições. E seu impacto será sentido em todo o corpo, até chegar ao Biorritmo Celular.

Isto é da maior gravidade! Se não houver equilíbrio, será o caos. Mas como haverá equilíbrio sem domínio próprio? Como haverá domínio próprio sem regras de horários de comer e beber?

Nosso Sistema Digestório precisa de atividades, mas precisa descansar também. Este ciclo de ação e descanso é a base de uma vitalidade preservada.
Se uma pessoa não pára de comer, ela estabelece uma completa loucura no biorritmo interno. O corpo inicia sua seqüência de nutrição e, quando está no meio dela, recebe impulsos de um recomeço. Então paralisa tudo que está fazendo e começa outro ciclo digestivo. O que ficou parado; fermenta, azeda e apodrece, desgraçando toda a cultura celular envenenando-a.

A repetição periódica desta atitude garantirá, sem sombra de dúvidas, uma grave intoxicação em diversos tecidos celulares e, o corpo por si só, procurará defender-se, mediante sua vitalidade natural, para eliminar os humores toxêmicos e restabelecer sua naturalidade. O processo de restabelecimento é chamado de “doença”, a toxemia é a “enfermidade”.

Se as pessoas concordam com esta lei ou não é uma questão pessoal e alimentar, todavia, sua realidade é absoluta e as conseqüências aqui apresentadas serão certamente estabelecidas.

Quando uma pessoa nos diz que está sofrendo de dor de cabeça, que há prisão de ventre, que tem pneumonia, que está com doenças da pele, enfim, quando nos relata de qualquer problema de fundo crônico degenerativo, mesmo os casos agudos de perda do equilíbrio ácido-álcalis, sabemos com absoluta certeza, esta pessoa está com seu biorritmo celular perdido. Como já dissemos, o biorritmo celular depende do biorritmo digestivo, então sabemos que esta pessoa não tem sobriedade quanto aos seus horários regulares de praticar refeições.

A quebra da Lei da Regularidade estabelece, por assim dizer, o biorritmo da intoxicação, que cobrará seu preço em termos de permanentes crises curativas que acabam por não serem efetivadas, porque não entendem as pessoas este processo de auto-depuração orgânica e se enchem de drogas, para evitar que as toxinas sejam lançadas fora do corpo.

1.2. A Fermentação, o Azedume e o Apodrecimento.

Há uma diferença entre o que comemos e o que digerimos. A fisiologia da digestão deve ser respeitada em seu ciclo natural.
Digerir alimentos é formar sangue – por esta razão, a digestão normal é fonte de sangue puro e a digestão anormal dá origem a sangue impuro.
Todo o processo começa na concupiscência dos nossos desejos. Ao olharmos, ou sentirmos, ou tocarmos no alimento, cobiçamo-lo. Depois de introduzido em nossa boca e engolido, já não tem mais volta. Se procedermos bem, será uma benção, se procedermos mal, será um “desastre”.
Exatamente aqui precisamos conhecer bem um ponto elementar na compreensão da enfermidade gástrica:

O MAIOR INIMIGO DA DIGESTÃO CHAMA-SE “FERMENTAÇÃO TÓXICA”.

Mas, afinal o que é fermentação tóxica?

É a formação de uma substância alimentar estragada. Esta fermentação ocorrerá no estômago por ocasião da mistura inconveniente do que comemos com o suco gástrico, ou da quebra de alguma das sete leis da dietética naturista.

Esta fermentação evoluirá até que chegará aos nossos tecidos orgânicos e células, impossibilitando com isto a absorção dos nutrientes essenciais à vida celular, gerando todo tipo de distúrbios, sendo o pior de todos, a incapacidade de absorção de oxigênio pela célula, também chamada de Insuficiência Respiratória Mitocondrial ou Hipóxia. Esta insuficiência é a raiz de todo o câncer, de toda infecção, de toda inflamação, e posteriormente a morte.

O processo evolutivo da enfermidade ocorre assim:

FERMENTAÇÃO    >     AZEDUME    >       APODRECIMENTO      >     ENVENENAMENTO

Uma das maiores orientações ensinadas pelos Naturistas é a seguinte:

A constituição e funcionamento do nosso corpo dependem tão fundamentalmente da função digestiva, que podemos afirmar que a digestão constitui o centro de todas as atividades orgânicas e que, da natureza desse processo depende o estado de saúde ou doença que teremos.

O mais impressionante disto é que o resultado da digestão acabará em algum tipo de sangue que pode ser bom ou ruim. Este sangue, sendo do tipo que for, irá viajar dentro de nós, saindo dos intestinos através de suas vilosidades absortivas e atingirá o nosso cérebro.

Deveria ser do conhecimento de toda a população e de todas as crianças nas escolas públicas que, o que há em nossos intestinos (atingirá o sangue) chegará ao cérebro.
O que há em nosso cérebro? Os pensamentos que afetam nossa conduta emocional, intelectual, e nossa espiritualidade. Se uma pessoa viver bebendo álcool, a sua corrente sangüínea irá se encher de venenos, e o cérebro não funcionará direito – isto é do de todos.
Ora, visto que todos nós já vimos o resultado do álcool no cérebro humano, por que seríamos tão duros e tardios em entender que o que comemos irá atingir nosso cérebro também?

Somos um aparelho digestivo com membros, é no trato digestório que se elabora saúde ou se origina a enfermidade, não importa o nome que esta receba ou a manifestação que apresente.

O QUE COMEMOS     >    RESULTA NO SANGUE   >      QUE SENDO:

BOMDeixará nosso cérebro livre de toxinas, cheio de oxigênio e outras substâncias nutritivas; e consequentemente, pronto para boas idéias e bons pensamentos.

RUIMDeixará nosso cérebro cheio de substâncias desagradáveis e anuviado, pesado e sem boa percepção.

Por esta razão, diremos que não há enfermo com boa digestão, como não pode existir homem são com digestão cronicamente perturbada.
Onde estará a relação da “regularidade” com a “fisiologia da digestão”? A má digestão desenvolve dois aspectos resultantes da fermentação:


a) A fermentação provocará transtornos de assimilação de nutrientes e;

b) A fermentação criará depósitos de toxinas que impedirão a eliminação de excrementos que azedaram, apodreceram e envenenam. 

Pode acontecer que uma pessoa tenha uma boa elaboração bucal e até uma boa elaboração estomacal – mas, retendo os excrementos (fezes) por mais de 24 horas, irá intoxicar gravemente todo o sangue, e uma vez que este esteja intoxicado, irá depositar partículas dos excrementos nos tecidos mais receptivos que, variam de organismo para organismo.

Ora, se houver “regularidade” nos horários das refeições, nosso organismo poderá lidar melhor com as funções de nutrição e eliminação que são a base da vida orgânica.

A perda do biorritmo digestivo alcançará a célula, que perderá seu biorritmo também e, assim estabelecer-se-á a raiz da enfermidade na célula. Quando quebramos a regularidade da Fisiologia Digestiva, nosso corpo para de nutrir-se, aumenta a intoxicação e pára de eliminar excrementos. Este desarranjo agudo, ou crônico, gera uma congestão intercelular que em si mesma é inflamatória em grau variável (depende da carga já acumulada).

Este acúmulo de toxinas é um banquete para os micróbios que se ajuntam de uma só vez, e passam a nutrir-se e eliminar toxinas deles próprios, neste ponto estabelece-se a infecção, a ulceração e a tumoração, pois as células perdem a função ou tornam-se necróticas.

NOTA!
Agudo significa que o corpo irá provocar uma crise súbita e imediata à intoxicação, buscando eliminar as toxinas de uma só vez. Crônica significa que o corpo irá provocar uma crise periódica e lenta buscando a mesma reação de desintoxicação. 

E tudo isto começa com a quebra da Lei da Regularidade aqui exposta.

2) Segunda Lei: A Lei da Quantidade.

Vimos quando, agora veremos quanto comer?

Muitas pessoas estão pagando o preço elevadíssimo da gula que é chamada de “um dos sete pecados capitais”.
Já sabemos que o número correto de refeições diárias é três com intervalos ideais de cinco a seis horas entre elas, agora, o problema da gula não está apenas no indivíduo que come sem regularidade, ele reside com idêntica intensidade, no glutão que, mesmo comendo três vezes ao dia em horários regulares, abarrota loucamente seu estômago nestes horários.
Duas questões são fundamentais no assunto referente a quanto se deve comer, são elas:

a) o peso total que iremos lançar no estômago; e
b) a variedade de alimentos que vamos ingerir.

Mesmo que o peso total do alimento na refeição seja adequado, se misturarmos alimentos demais haverá prejuízo.

Notemos a tabela abaixo que serve de parâmetro e não de regra absoluta para todas as pessoas:

Tabela sugestiva acerca do ideal de peso total por idade
De zero à 01 ano
Leite materno à vontade e as vezes uma determinação clínica de cerca de 100 à 150 gramas de alimento por refeição.
De 01 ano à 03 anos
De 250g à 300g
De 03 anos à 05 anos
De 300g à 400g
De 06 anos à 10 anos
De 330g à 430g
De 10 anos à 14 anos
De 430g à 530g
De 14 anos à 45 anos
Fixo 600g em média
De 45 anos à 65 anos
De 330g à 530g
Acima de 65 anos
De 300g à 400g

Algumas pessoas precisam de uma tabela como esta para poderem se autorregular. Todavia, na maioria das vezes, é preciso usar o “bom senso”.
Na mesma direção, temos a questão da múltipla mistura de diversos alimentos na mesma refeição. Isto causa uma grande dificuldade, porque fermenta pela complexidade química de muitas coisas misturadas.
Por exemplo, quem comeria cebola e açúcar, mais suco de laranja e molho de tomate? A maioria de nós faz esta mistura quando come uma pizza.
Indicamos a seguinte organização:

Tabela do ideal de variedade de alimentos por refeição
Desjejum
De 3 à 5 variedades de alimentos
Almoço
De 3 à 5 variedade de alimentos
Jantar
De 2 à 3 variedade de alimentos

·         O que precisamos entender é que o segredo de uma boa nutrição está na variedade e na simplicidade dos alimentos que colocamos em nossa mesa.
·         As pessoas buscam uma série de pratos cheios de condimentos, molhos, misturas estranhas à natureza fisiológica humana e em nome do gosto pessoal, acreditam que estão bem com este padrão.
·         A experiência tem demonstrado claramente que por este tipo de dieta os hospitais estão cheios de envenenados, cancerosos, infectados e inflamados.


2.2. A Segunda Refeição: o Almoço.

A tradição brasileira é a de almoços substanciais e pesados em todos os sentidos. São pratos agressivos tais como: churrascos, feijoadas, macarronadas, pirões, assados e outros.
Nossa orientação é diferenciada neste aspecto. Embora o almoço deva ser uma refeição completa, é importante saber dosar tal composição em no máximo 3 pratos com 5 componentes diferentes, sendo o prato principal composto de salada crua, representando 50% do total à ser comido na refeição, e sendo comido obrigatoriamente antes dos outros pratos que seriam cozidos ou/e grelhados.

Assim, teríamos:


a) 1 Regulador verde e 2 Reguladores coloridos (amarelo e vermelho);
b) 1 Construtor – em forma de feculentos ou cereal cozido, ou assado, dependendo da combinação que for possível financeiramente para a família;
c) 1 Energético – em forma de algum alimento que seja compatível com os outros já citados.

 É interessante observar o capítulo sobre “A Lei da Combinação”, onde são apresentadas sugestões

2.3. Terceira Refeição: o Jantar

O ser inteiro está cansado de um dia de desgastes e anseia por descanso, por que abarrotaríamos o estômago em sua hora mais sensível?

O hábito pernicioso de uma terceira refeição pesada, força adaptações no relógio biológico que à médio e longo prazo provocaria o fim de cerca de 40% da força digestiva, causando lesões no estômago e nos órgãos associados criando uma insuficiência tal, que seria muito complicado para recuperar-se quando o mal estabelecer-se.

Durante o sono acontece o período de reorganização neurossensorial e a ação metabólica cai muito. A proporção é de 80% para 20%. Se o jantar for pesado, o trabalho digestivo ocuparia a atenção do sistema nervoso nutrindo e não eliminando pelo menos durante 5 à 6 horas após o jantar.

Substâncias provenientes da degradação das proteínas circulariam provocando estímulos e irritações. Os elementos nocivos provenientes dessa refeição criariam dificuldades para neutralizações e evacuações ao longo das próximas 24 horas. O trabalho de eliminação interna seria prejudicado e assim, diversas toxinas facilmente seriam acumuladas e depositadas no organismo.

O ponto máximo para a boa digestão acontece no período da manhã no início da fase de consumo. O ponto máximo de descanso ocorre na noite, no pleno repouso do corpo, enquanto nossa mente assiste a algum “filme” num sonho onde somos o personagem principal.

Cada pessoa vai necessitar de energia para o trabalho do dia; de manhã os órgãos digestivos estão em plena forma (após o repouso) para suas funções. Um jantar leve, só frutas, ou suco de frutas, prepara o organismo para a boa digestão e o bom aproveitamento da primeira refeição.

O ideal para a terceira refeição seria só frutas. No máximo poderia ser acrescentado pão torrado ou equivalente. Nada de proteínas, nem gorduras. Esta postura possibilitará o seguinte:

a) Favorece o sono;
b) Permite restauração do sistema nervoso;
c) Evita absorção de toxinas;
d) Contribui para longevidade;
e) Poupa a tão solicitada energia vital.

Em casos excepcionais de subnutrição ou perda do peso excessivo, temos utilizado com sucesso um jantar “mais forte”, que poderia ser a repetição do desjejum ou do almoço, mas cuidando criteriosamente da questão da Lei da Regularidade. Convém salientar que seria uma situação que não deveria ser considerada vitalícia, mas circunstancial. Um acompanhamento proximal do profissional de saúde especializado poderá favorecer muito na situação em pauta.

3) Terceira Lei: A Lei da Temperatura.

Em matéria de alimentação, existem duas escolas. Para estabelecer o valor dos alimentos a escola mais antiga faz uma análise química minuciosa. A escola mais recente se preocupa principalmente com o valor biológico dos alimentos que usamos nas refeições. A primeira escola estabeleceu bases calóricas para nossa alimentação, a segunda escola não se preocupa com proteínas, carboidratos e calorias dos alimentos, mas classifica os alimentos pelo seu valor biológico, pela sua vitalidade. (David Werner).

A digestão é um processo de fermentação microbiana que requer determinada temperatura para desenvolver-se de forma normal e conveniente.
Não há e nunca haverá digestão saudável se a temperatura do sistema digestório inteiro não for de 37 graus. O sangue puro só se forma nesta condição.
Então perguntamos: por quê?

Se a temperatura do tubo digestivo for superior a 37 graus ou, se for muito abaixo de 36 graus, favorece a putrefação dos alimentos dentro do sistema digestório, corrompendo toda sua bioquímica, fermentando tudo no tubo (que envolve estômago, intestinos, etc.).
Observa-se nos dias mais quentes do verão, quando um prato de comida azeda em poucas horas. Para evitar esta putrefação dos alimentos, foi criado o “frigorífico”.

O extraordinário naturista chileno Manoel Lezaeta Acharán, codificador da Doutrina Térmica Naturista, ensinava que ao “refrigerar-se” o interior do ventre do indivíduo, evitava-se assim as putrefações intestinais.

Os 37 graus são a temperatura normal do corpo humano. Não é uma temperatura selecionada ao acaso, mas trata-se de uma determinação precisa. Falamos aqui de uma questão de anátomo-fisiologia humana.

Se a elaboração do vinho ultrapassar o grau correto de temperatura, ele se avinagra pela fermentação. Assim são os intestinos em suas funções normais.
O calor anormal do estômago e dos intestinos, febre interna que, em grau variável, favorece a putrefação dos alimentos – priva o organismo das substâncias de que necessita, e em troca, incorpora no seu sangue substâncias decompostas, inúteis e prejudiciais. Daqui, compreendemos que todo enfermo é um desnutrido e intoxicado – em grau variável.

A presença da febre, ou melhor, da alteração da temperatura do sistema digestório, indica sempre a causa única de todos os distúrbios orgânicos, sejam eles quais forem.
O que é importante sabermos é que na questão da temperatura gastrintestinal, a irritação, a inflamação e a congestão das mucosas e paredes do estômago e do intestino, estabelecem-se paulatinamente no quadro da febre.

 Por isto é fundamental entendermos que:


a) Desde que deixa o peito materno o ser humano vive fermentando seu sistema digestório e, faz isto até morrer desta causa (dita natural);
b) Quando os naturistas interferem no processo, apenas “resfriam” a temperatura gastrintestinal, pois a temperatura certa não haverá cura verdadeira na estrutura afetada. 

Vamos a explicação: toda estrutura biocelular, toda cronobiologia intracelular, todo o sangue e todo o sistema nervoso – juntos estão afetados devido à febre gastrintestinal.
Ao submetermos o sistema digestório ao longo de nossa vida pela desobediência as sete leis expostas aqui, congestionamos e lesionamos seriamente o estômago e a mucosa intestinal. Isto vem desde a infância e segue por toda a vida.

A febre torna-se crônica, vitalícia, atua 24 horas do dia e afeta-nos completamente.
Os vasos capilares dilatam-se retendo muito sangue nas vísceras e, assim, a temperatura eleva-se. A congestão intracelular aumenta pela periódica chegada de novos lixos provenientes de nossos hábitos intoxicantes.

A fermentação pútrida, o desenvolvimento de gases tóxicos e ácidos corrosivos que privam o sangue de substâncias puras e nutritivas, fazem sua obra sinistra. O meio interno celular e o meio externo se enchem de radicais livres e ácidos pesados.

O fluido vital de venenos que produzem novas irritações, inflamam e congestionam, tornam o sangue um “caldo para alimentação de vermes e micróbios”.

O mal estar leva o moribundo à medicina medicamentosa, que lhe enche o corpo de drogas para aplacarem os sintomas que está sentindo, chama tais “anormalidades” de “patologias” e acabam por interromper a eliminação natural que se havia estabelecido e a toxemia é incubada no interior do corpo. Toda esta situação ocorre por causa da nutrição inadequada que gera desnutrição e intoxicação intracelular.

Sendo que desde a infância, o homem inicia o processo de degeneração dos seus órgãos digestivos, agravando este desarranjo por alimentação inadequada, é um milagre de Deus que vivamos até 60 ou 70 anos.

Disto retiramos a seguinte conclusão: uma vez que os desarranjos digestivos são o ponto de partida e apoio da enfermidade (toxemia), qualquer tratamento curativo deve objetivar a normalização da digestão com o combate à febre das vísceras.

Tal refrescamento visceral pode ser feito imediatamente através da hidroterapia e geoterapia – mas a longo prazo, ou seja, no período de 10% do tempo de vida do indivíduo, pode-se restaurar a vida cronobiológica básica e, a única técnica naturista que pode efetuar esta restauração é a Educação Alimentar.

Os doentes não sabem o que tem porque, insensível e progressivamente, a saúde original vai acabando. Crê-se que não há doença sem dor e se não sentimos dores, julgamos que estamos bem de saúde. A ausência de dores não é regra para conhecer-se a qualidade de nossa saúde. A ausência de dores, muitas vezes é sinal de grave perigo, pois os estímulos de proteção podem estar seriamente comprometidos pela toxemia profunda.

Nesta Lei da Temperatura o que há de mais importante é: cuidado com o que colocamos no estômago porque deve favorecer o equilíbrio térmico e não alterá-lo negativamente.

4) Quarta Lei: A Lei da Qualidade

Mesmo nos últimos tempos a fome tem matado mais gente do que a própria guerra. Mas o número dos que assim morrem, ainda é pequeno em comparação com os que morrem num regime alimentar inadequado para manter a saúde e que, por isso mesmo, sofrem em maior ou menor grau de doenças de nutrição. (Lord John Boyd Orr).

O que comer?

Quem comeria de sã consciência, alimentos estragados e podres?
A maior prova de que o que comemos determina nossa qualidade de saúde ou doença está nesta questão. Se comermos comida azeda, teremos uma infecção ou inflamação gastrintestinal, haverá transtornos gerais que atrapalharão todo o organismo, inclusive com risco de morte prematura.

Agora, a questão da qualidade é um pouco mais ampla do que prazos de validade dos alimentos. Os outros aspectos seriam relacionados com crescimento, processamento, comercialização e armazenamento dos alimentos. E ainda há a questão dos falsos alimentos, dos produtos que o povo pensa que são comida e são venenos.

Existe variação nos alimentos que nos oferecem nas grandes cidades e até mesmo nas pequenas porque há o empobrecimento do solo, o armazenamento prolongado, com os aditivos químicos, com a industrialização que adultera, com o tratamento específico do alimento em si.

A verdade é que não há alimento disponível para toda a população sem afetação estrutural – hortas orgânicas são raras e poucas pessoas entendem deste tema. Outros possuem pouco dinheiro e, comem o que podem.

Assim, por questões financeiras, falar da qualidade alimentar é um assunto delicado, pois certas situações são exclusivamente sócio-econômicas. Seríamos infantis se disséssemos que a sociedade brasileira, por exemplo, pode oferecer a toda a população uma alta qualidade de produtos naturais.

Isto não é possível devido aos gigantescos obstáculos que evidentemente temos conhecido continuamente, dentre os quais estão as máfias industrializantes.
O mais sensato a fazer é  buscar associações de cultivadores de hortas orgânicas, e que possam selecionar na medida do possível o que for melhor, todavia, especialmente na Região Nordeste Brasileira, onde há milhões que não sabem se terão o que comer hoje na próxima refeição, quanto menos a qualidade do que será.

Esta é a Lei mais sensível e social da dietética naturista: a fome por escassez. O que fazer para dar comida de boa qualidade para o povo? É necessário empenho e cuidados especiais neste ponto que um homem sozinho jamais conseguira realizar.
Devemos ingerir uma ampla variedade de frutas, vegetais, grãos integrais e leguminosos. Os alimentos concentrados, misturados, adulterados, ou cheios de muita condimentação, devem ser evitados ou abandonados.

Para manter este padrão alimentar, será preciso adotar a postura pessoal de buscar residência em cidades do interior e não em metrópoles.
É necessário, porém, que comamos uma boa variedade de alimentos não industrializados. A variedade evitará que nosso corpo se vicie com substratos inadequados à formação de sangue de boa qualidade.
Sugiro a leitura de alguns livros que poderão favorecer a compreensão sempre presente e atual:

       ·         Relatório Órion – Márcio Bontempo – Editora L&PM – Porto Alegre, RS.
       ·         Nutrição orientada – Durval Stockler de Lima – Casa Publicadora Brasileira, SP.
       ·         Alimentação Desintoxicante – Conceição Trucom – Editora Alaúde, SP.
       ·         A Dieta Que Evita o Câncer – Daniel Boarim – Edições Vida Plena, SP.
       ·         Você Sabe Se Alimentar? – Dr. Soleil – Editora Paulus, SP.

Na questão da qualidade do que comemos, estas obras poderão ajudar-nos a compreender, ao lado de outras pesquisas que já podem ser amplamente encontradas na Internet, quais são algumas substâncias que chamamos alimentos, temos na conta de serem alimentos; mas, na verdade envenenam o sangue gravemente, porque fermentam ou são em si mesmos fermentos ou coquetéis químicos.

Apresentamos aqui uma lista como não ideal, mas que poderemos ler nos títulos sugeridos, ou em outros materiais de pesquisa são:

     ·         Açúcar branco, com seus derivados clássicos: balas, bombons, chicletes, picolés, sorvetes, pudins, tortas, doce de leite, refrigerantes (todos os tipos), enlatados doces de todo tipo (industrializados), empacotados doces de todo tipo (industrializados), biscoitos, bolos mal elaborados e cheios de ovos; pães não integrais, pizza, sucos de lanchonetes, dentre outros que deve-se investigar. O açúcar é desmineralizante e, segundo o Dr. Márcio Bontempo: um ladrão orgânico.

      ·         Sal refinado: que tem certas doses descontroladas de óxido de cálcio (cal de parede). Segundo Dr. Bontempo, o sal tem nele: Iodeto de potássio, Óxido de cálcio, Carbonato de cálcio, Ferrocianato de sódio, Prussiato amarelo de sódio, Fosfato tricálcio de alumínio, Silicato aluminado de sódio, Dextrose , Talco mineral.

·         Carnes: “O gado bovino (bem como o suíno, as aves, coelhos etc.) é criado geralmente fora das condições de equilíbrio com as leis naturais, o que exige correção medicamentosa de várias doenças, pragas e enfraquecimento, por meio de grandes quantidades de vitaminas, cálcio, sais minerais diversos e vacinações repetidas. As vacinas aplicadas no gado podem provocar variadas reações alérgicas nos seres humanos, pois ao gerarem uma reação de anticorpos nos animais produzem “confusão” no sistema retículo endotelial do consumidor. “Também presentes nas carnes, principalmente bovina e a de aves, os antibióticos representam sério perigo. Sabemos bem e conhecemos os efeitos da ingestão constante de pequenas doses de antibióticos: resistência bacteriana, com o surgimento de infecções constantes que exigem tratamentos mais complicados e antibióticos fortes e mais específicos. “Chamamos a atenção também para a presença do DDT na carne, seja devido aos carrapaticidas ou pela ingestão do mesmo através da forragem. “A carne consumida hoje nos grandes centros geralmente ficou alguns meses num frigorífico (à espera de que seu preço se elevasse, garantindo assim mais lucro). Com isso ela esfria e se torna desvitalizada. Isto “exige” o acréscimo de nitrato de potássio e sulfito de sódio. “Cancerígeno também é o benzopireno, derivado do alcatrão da hulha (mesma família dos corantes, aromatizantes etc.), muito concentrado em churrascos e carnes para hambúrgueres. Um Kg de carne de vaca comum possui a mesma quantidade de benzopireno encontrado em 600 cigarros.

  ·   Ovos: que nos que são de granja são na verdade óvulos carregados de cloranfenicol e outras toxinas que podem causar diversos danos no corpo.
 ·  Pescados e laticínios: carregados de cloranfenicol, nistatina e outros produtos de preservação que alteram a química de nosso corpo.
  ·      Margarinas: cheias de aromatizantes, antioxidantes, acidulantes, etc.
 ·    Outros componentes tóxicos: enlatados em geral, chocolates, farinhas e papinhas lácteas, cafés instantâneos, dentre outros.
  ·     Todas as farinhas refinadas. 
  ·     Todos os refrigerantes e bebidas alcoólicas.


5) Quinta Lei: A Lei da Combinação Alimentar Correta

Nos últimos anos, foi registrado o efeito curativo dos alimentos crus sem agrotóxicos em casos de câncer, artrite, cálculos biliares, tuberculose, diabetes, de problemas do coração, do estômago, do intestino, da pele, da próstata e muitas outras doenças. Essa alimentação significa prevenção de doenças para a pessoa saudável e esperança para o doente que já foi desenganado pelos médicos. (Ernest Günter).
A digestão depende dos alimentos quanto à sua correta combinação. A arte e a ciência de combinar corretamente os alimentos deve ser considerada cuidadosamente.

A Doutrina Térmica Lezaeta classifica os alimentos em dois grupos apenas, a saber:
a) alimentos que refrescam; e,
b) alimentos que tornam febril o aparelho digestivo.

Num único momento temos os alimentos que se comem crus, no seu estado natural e os alimentos cozidos, que exigem um prolongado esforço digestivo, congestionando as mucosas do estômago e elevando assim a sua temperatura. Esta febre agrava-se com alimentos cadavéricos, produtos industrializados, bebidas alcoólicas e os condimentos excitantes.
Os nutricionistas possuem ampla e complexa classificação para cada alimento. Outros acham bobagem classificar os alimentos e subordinam tudo à ingestão de tudo em uma miscelânea toxêmica.
A verdade é que combinar alimentos corretamente é uma arte e uma ciência que exige muito cuidado.
O público não conhece e não entende de combinação alimentar, por esta razão, os Naturopatas, têm uma positiva parcela de contribuição a oferecer.
O trabalho do naturopata é evitar perturbações digestivas que podem surgir se houver combinação imprópria e, evitar com isto o surgimento da fermentação gastrintestinal que contamina o cérebro através do sangue enfermiço.

É fato incontestável de que um boi que produz carne, leite, couro, gordura, manteiga e outros ingredientes usados largamente na sociedade, adquire sua energia de uma única fonte alimentar – os vegetais.

Ao criar o homem, Deus não lhe disse: comerás vitaminas, hidratos de carbono e proteínas – antes Sua palavra foi:

Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. (Gênesis 1:29).
Ela (a terra) produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. (Gênesis 3:18).
Assim, a postura do naturopata é de uma técnica simples, natural, original e totalmente compatível com a vida e sobrevivência da raça humana.
As frutas, verduras e ervas são alimentos reguladores, pois possuindo vitaminas e sais minerais, regulam o funcionamento do corpo, resumido em nutrição e eliminação de substâncias orgânicas;
Os cereais e os feculentos, bem como as raízes, são ricos em hidratos de carbono, são pois alimentos energéticos, comunicam energia ao corpo para funcionar e aquecer-se.

As sementes, que são leguminosas, nozes e algumas oleaginosas, são alimentos construtores, pois possuem proteínas, para construir e reparar células dos tecidos do corpo.

5.1. Combinando Alimentos.

5.1.1. As Tabelas de Base Pura

A presente apresentação é a caracterização de uma alimentação que consideramos pura, ou seja, trata-se de uma base alimentar de alto valor para quem a pratica. Não possui qualquer complicação e é o mais crua quanto possível.

Passemos à classificação da tabela geral.

Esta primeira é pertinente ao desjejum:

Idéias de Desjejum
Pão
Fruto semi-ácido
Mel + Leite ou Yogurte
Fruto doce
Mel + Leite
Fruto seco
Mel + Leite ou Yogurte
Fruto semi-ácido
Fruto Oleaginoso
Cereal ou Granola
Fruto doce
Fruto Oleaginoso
Fruto doce + fruto seco
Mel + Leite ou Yogurte
Fruto seco
Mel + Leite ou Yogurte

Aspectos importantes nesta composição de matinal:

a) evite usar mais do que um cereal, embora isto não seja uma proibição (caso da granola);
b) se for cozinhá-lo, faça-o no mínimo por 15 minutos;
c) se for comê-lo cru, mastigue-o bem;
d) recomendo, especialmente: aveia, milho e derivados e fibra de trigo – pois são extraordinariamente baratos e de fácil acesso.

Esta outra Tabela já é bem diferente e, recomendada ao almoço:
Se qualquer pessoa comer neste almoço na proporção a seguir, o nível de alcalinidade do sangue subirá a alturas impressionantes que possibilitarão uma altíssima elevação de nutrição e eliminações.

Recomendamos que se coma sempre:

a) 50% do prato - as 2 verduras;
b) 25% do prato – as 2 hortaliças;
c) 25% do prato - o único escolhido dentre os três: ou cereal, ou feculento, ou leguminoso – que passou pelo fogo com certeza.

O jantar, também na linha da dieta pura consiste em uma composição que pode ser assim definida:
Idéias do Jantar
Fruta Ácida
Leite ou Yogurte
Mel + Fruto Seco
Fruta Ácida
Pão Torrado

Erva Digestiva (Chá)
Pão Torrado
Fruta Doce
O mesmo do desjejum é uma outra opção interessante.

5.2. Tabela de Indicação de Produtos

Frutos Ácidos
laranja, limão, abacaxi, manga, tamarindo, acerola, graviola, ameixa amarela, cajá, morango, grapefruit, cupuaçú, mangaba, pitanga, kiwi, cajarana, umbú, bergamota, jaboticaba, romã, amoras, ananás, tangerina, framboesa.
Frutos Semi-Ácidos
goiaba, maçã azedinha, uva, pêra, pêssego, ameixa vermelha, caju, caqui, cereja, damasco, maracujá
Frutos Doces
mamão, banana, abacate, cana de açúcar, figo, maçã argentina
Frutos Monofágicos
melão, melancia, jaca, jenipapo
Frutos Oleaginosos
gergelim, amendoim, nozes, castanha de caju, castanha do Pará, avelãs, linhaça, azeitona, óleo de milho, azeite oliva, óleo girassol, óleo gergelim, óleo linhaça, leite de côco, pecã, semente de abóbora, pinhão
Frutos Secos
uvas passas, côco, ameixa preta
Verduras
alface, agrião, coentro, salsa, cebolinha, acelga, espinafre, brócolis, dente de leão, tomate, folhas de cenoura e beterraba, couve (verde/mineira), chicória, mastruço, folhas do feijão
Hortaliças
abóbora, quiabo, vagem, pimentão, pepino, cebola, repolho, ervilha em vagem, alfavaca, aspargos, chuchu, couve flor, palmito, alcachofra
Mel
mel puro, própolis, geléia real, cêra de colméia
Coalhadas
yogurte, coalhada de leite de gado ou de cabra
Leguminosos
amendoim, feijão (de todo tipo e cor), soja, lentilha, fava, ervilha em grãos, grão de bico, feijão azuki
Feculentos e Tubérculos
batata, batata doce, macaxeira (aipim), inhame, mandioca, taioba, nabo, mandioquinha, rabanete, cará, cenoura, beterraba
Cereais
gérmen de trigo, aveia, centeio, milho, canjica, arroz, farinha de trigo, fibra de trigo (ou farelo), fubá, pipoca, canjiquinha (ou xerém), cuscuz, macarrão integral, cevada, triguilho, trigo sarraceno, sorgo,
Pão
pão integral de fibra (ou farelo), pão de centeio, pão de côco e milho, panetone naturista
Leite
de gado ou de cabra, deve ser bem fervido e de preferência transformado em yogurte ou coalhada
Ovo
somente cozido por mais de 10 minutos e bem picado e moído
Açúcares
açúcar mascavo, melado de cana
Sal
sal marinho puro
Cremosos
manteiga pura, creme de leite, requeijão
Queijos
queijo fresco (somente)
Ervas Especiais
capim santo (cana do brejo), erva cidreira, hortelã, boldo do Chile, carqueja, capuchinha, malva, espinheira santa, cavalinha, losna, jurubeba, melissa, quebra pedra, picão, sálvia

5.2.1. Tabela Geral de Classificação Trofoterápica


Fruto Ácido
Fruto Semi
Fruto Doce
Monofágico
Oleaginoso
Fruto Seco
Verdura
Hortaliça
Leguminoso
Feculento
Iogurte
Mel
Cereal
Pão
Leite

Fruto-ácido
P


Fruto-semi
N
P


Fruto-doce
N
N
P


Monofágico
N
N
N
N


Oleaginoso
B
B
B
N
O


Fruto seco
B
O
O
N
N
B


Verdura
N
N
N
N
O
N
O


Hortaliça
N
N
N
N
O
N
O
O


Leguminoso
N
P
P
N
N
N
O
O
N


Feculento
N
P
P
N
O
O
O
O
N
N


Iogurte
B
B
O
N
N
B
N
N
P
O
O


Mel
B
B
O
N
N
B
N
N
B
O
B
O


Cereais
N
P
B
N
B
B
O
O
N
N
B
O
N


Pão
P
B
B
N
B
B
O
O
N
N
B
B
N
O

Leite
B
B
B
N
P
B
N
N
N
P
B
B
B
B
O

P – significa que a combinação é passável, dependendo da tolerância pessoal
N – significa que a combinação jamais deverá ser realizada, pois causa imediata fermentação
B – significa que a combinação é boa, mas, há casos em que alguns não se dão bem
O – significa que a combinação é ótima


6) A Sexta Lei: A Lei do Valor da Mastigação, Ensalivação, Degustação e Deglutição
Os quatro primeiros momentos da digestão ocorrem na boca, onde estão os dentes, as glândulas salivares e a língua. O processo de interatividade do alimento com estas partes é tão essencial que, se não houver cuidadosa atenção de nossa parte para tal, começaremos toda a nossa condição dietética absolutamente fora do ideal. Estes quatro primeiros momentos são a mastigação, a ensalivação, a degustação e a deglutição.



Eles acontecem quase que simultaneamente e, devemos ter bem esclarecido que se nosso início for incoerente com o que deve ser feito realmente, sob o ponto de vista dietético, estaremos comprometendo todos os demais processos que virão a seguir, os quais são digestão, absorção intestinal e eliminação fecal.
A pergunta imediata é: por que devemos dar cuidadosa atenção a estes momentos iniciais da digestão?

Algumas considerações oportunas são:

Nem mesmo a satisfação do paladar depende tanto da quantidade do alimento engolido quanto depende do tempo que o mesmo permanece na boca. Os que são excitados, ansiosos ou apressados, fariam bem em não comer até que tivessem encontrado tranqüilidade ou repouso; pois as faculdades vitais, já duramente sobrecarregadas, não podem suprir os necessários fluidos digestivos.
Muitos cometem o erro de beber água fria nas refeições. Tomada com as refeições a água diminui a secreção das glândulas salivares; e quanto mais fria a água, tanto maior o dano causado ao estômago. Água ou limonada geladas ingeridas às refeições paralisa a digestão até que o organismo haja comunicado ao estômago calor suficiente para recomeçar seu trabalho. As bebidas quentes são debilitantes; além disso, os que se permitem usá-las tornam-se escravos do hábito. O alimento não deve ser impelido para dentro com água; não é necessária bebida com as refeições. Comei devagar, e deixai que a saliva se misture com a comida. Quanto mais líquido for posto no estômago com as refeições, tanto mais difícil é para a digestão do alimento; pois esse líquido precisa ser absorvido primeiro. Não useis demasiado sal; abandonai o picles; excluí de vosso estômago alimentos ardendo de condimentos; comei frutas com as refeições, e a irritação que reclama tanta bebida cessará. Se, porém, alguma coisa é necessária para extinguir a sede, água pura, tomada pouco tempo antes ou depois da refeição, é tudo quanto a natureza requer. Nunca tomeis chá, café, cerveja, vinho ou qualquer bebida alcoólica. Água, eis o melhor líquido possível para limpar os tecidos. ( Ellen G. WHITE).

7) A Sétima Lei: A Lei da Eliminação dos Excrementos Fecais
O tubo digestivo, principalmente na parte em que o intestino delgado se encurva, está muitas vezes coberto por “colas”, “vernizes”, “caroços duros” (sais tóxicos). As diarréias e enterites são tentativas de libertação para expulsar essas substâncias estranhas.

A prisão de ventre é causada por uma insuficiência das secreções biliares e pela secagem das glândulas mucosas, esgotadas pela acidose alimentar. A estagnação das matérias provoca o alongamento das bolsas estomacais e intestinais (ptoses).
As irritações (estomatite, gastrite, etc.) são “fluxos” que preparam os catarros libertadores de humores, infelizmente 90% da sociedade têm com certeza este tipo de enfermidade, a colite intestinal.

As úlceras que nasceram em diversos locais do tubo digestivo não são mais do que crateras onde se escondem os focos do entupimento humoral (toxemia do sangue e da linfa). O tubo intestinal, nestes casos é, não só um canal que recebe hiper-excreções, mas um valioso canal de purificação, como um esgoto coletor de imundícieis para eliminá-las.
O sangue e a linfa se encarregam de trazer-lhe estas substâncias toxêmicas. O intestino é uma via de eliminação direta (as fezes) e indireta (encontramos muitas vezes nas fezes, substâncias medicamentosas que fora injetadas nos músculos ou nas veias).
A eliminação direta das matérias fecais deve realizar-se duas e mesmo três vezes por dia. Contudo, verificamos que, correntemente, a defecação é realizada apenas uma vez diariamente, e existem casos bastante numerosos em que, as pessoas defecam duas ou três vezes por semana (colite crônica).

A maioria da população acredita que é normal comer-se diariamente um quilo de alimento (ou mais) e defecar menos de duzentas gramas por dia ou mesmo por semana. A dilatação do ventre é uma característica segura e precisa de que há colite. Esta é sem dúvidas a mãe de todas as doenças.

Desta forma milhões de pessoas carregam em seus corpos, durante anos, até a morte, um enorme bolo de fezes apodrecidas e que encharcam o sangue de toda espécie de venenos fermentativos.

A medicina medicamentosa dá pouca ou nenhuma evidência a este fato. Afinal, mais da metade dos ditos profissionais da saúde sofrem dos males da prisão de ventre e muitos fumam e usam bebidas alcoólicas. O próprio perfil corporal destes identifica-os entre os que não sabem como cuidar da saúde própria, em razão da escravidão a certos vícios.
Poucos observam que a raiz de toda esta problemática está na boca. Tudo o que já dissemos até aqui é de fundamental influência, mas, há outro fator especialmente delicado: A necessidade de mastigação completa e calma deglutição.

Os regimes hipotóxicos que chegam aos nossos intestinos são provocados por uma mastigação acelerada, por deglutirmos alimentos inteiros e não utilizarmos os dentes para a sua principal finalidade, que é a de mastigar. Nossas vísceras são preguiçosas, irritadiças e constipadas, porque somos preguiçosos no mastigar.

Sem paz de espírito ao sentarmos à mesa, engolimos os alimentos sem mastigá-los. Isto é um mal que certamente irá resultar no mínimo em dispepsia.
Observa-se que a população brasileira é dada às misturas do tipo: feijão seco, arroz de massa branca, macarrão, molhos, pimenta e carne de toda espécie, acrescida de uma “cachacinha” antes e um refrigerante ou cerveja depois, é grandemente afetada por todo tipo de pestilências de origem gastrintestinal. Não há nenhum meio de cura à não ser a reeducação alimentar para um estilo de vida mais saudável, onde este modelo alimentar deve ser absolutamente erradicado para sempre.
Assim como é preciso assegurar no seu começo o êxito do processo digestivo, é preciso também cuidar de sua última fase, a expulsão dos resíduos se faça deforma conveniente e oportuna. O corpo de todos os animais descarrega, várias vezes por dia, os resíduos da digestão. Desgraçadamente, sobretudo nas cidades, são inumeráveis as pessoas que retêm no seu corpo imundícies provenientes de uma alimentação cadavérica e artificial. Este mal, endêmico entre as mulheres, é a principal causa das doenças em que intervêm o cirurgião com a extirpação de órgãos ou mutilações no baixo ventre.
Condição indispensável para manter a saúde é evacuar o ventre pelo menos todos os dias de manhã e antes de deitar. Para que esta função se efetue de forma completa é indispensável adotar a posição de cócoras, corrente no campo, a única natural e necessária para assegurar a livre e completa evacuação, pois nas bacias em uso com posição sentada, o intestino grosso não se mobiliza normalmente por falta de pressão dos músculos das coxas, retendo matérias fecais que envenenam o sangue.(Manuel Lezaeta Acharán).
É necessário insistir que o correto é saber que nossas vísceras precisam eliminar diariamente 70% do peso (Este número é estimativo e oscila entre 50% a 75%, dependendo do tipo de dieta que se possua) do que normalmente comemos no dia a dia. Uma pessoa que ingere um quilo de comida por dia não pode ficar dois ou três dias sem eliminar nada de suas vísceras.
Comentando sobre importância de manter os intestinos limpos o Dr. Soleil declara:
“Irrigação do cólon – Essa lavagem requer muita água. É feita com aparelho próprio, de tubo duplo que permite a evacuação simultânea. Aplicada por um profissional experiente, essa irrigação é eficaz para limpar profundamente o cólon no qual estão retidos dejetos não evacuados (às vezes, há dezenas de anos). Sentir o intestino limpo proporciona uma extraordinária sensação de bem estar”.