sexta-feira, 4 de maio de 2012

Relação Cárie, Açúcar e Flúor


O texto que vem a seguir é de um artigo do doutor Urubatan Vieira de Medeiros no site Medcenter.
Algumas partes são de extrema importância na análise da questão cárie!
"Do ponto de vista epidemiológico, a cárie e as periodontopatias continuam a formar, junto com o resfriado comum, o grupo das doenças mais prevalentes no ser humano. Os mais recentes relatos mostram que a doença cárie afeta indistintamente homens e mulheres, ocorre em todas as idades, não faz distinção entre os grupos étnicos, está presente em todas as classes sociais e em todas as sociedades humanas.
(...)
A Organização Mundial de Saúde utiliza como critério a média de cárie em dentes permanentes, por criança, aos 12 anos de idade para investigar a situação da doença nos diversos países.
(...)
O mais recente relato nos informa que os países com as 11 maiores prevalência de cárie são: 
1) Peru (7,0),
2) Jamaica e Chile (6,7),
3) Honduras (6,4),
4) Martinica (6,3),
5) República Dominicana (6,0),
6) Nicarágua e Paraguai (5,9),
7) Letônia (5,7),
8) Costa Rica, Granada, Filipinas, St. Kitts (5,5),
9) El Salvador e Polônia (5,1),
10) Líbano (5,0),
11) Brasil, Brunei, Cook Islands, Equador, Mauritius e Suriname (4,9).
Observa-se neste elenco de países que a maioria deles são latino-americanos, e dentre os fatores prováveis para explicar essa situação podemos citar o grande consumo de açúcar pela população em países que historicamente tiveram suas economias pautadas em ciclos de produção de cana-de-açúcar; pouca valorização da saúde geral e bucal herdada dos colonizadores portugueses e espanhóis, políticas públicas de saúde equivocadas e pouco comprometidas e prática odontológica pautada em modelos que não priorizam a saúde.

Por outro lado, os países que exibem as 10 menores prevalências de cárie são:
1) Togo e Rwanda (0,3),
2) Ghana, Lesotho, Libéria e Uganda (0,4),
3) Guiné-Bissau e Botswana (0,5),
4) Tanzânia (0,6),
5) China e Kiribati (0,7),
6) Malawii (0,8),
7) Djibouti e Paquistão (0,9),
8) Burundi, Etiópia, Serra Leoa, Somália e Tonga (1,0),
9) Myanmar, Suazilândia e Congo (1,1),
10) Namíbia e Senegal (1,2).


De igual forma, podemos perceber que a maioria dos países que exibem menores prevalências são países africanos e a explicação mais racional para essa situação; é a de que apesar da África apresentar alguns pólos de desenvolvimento, representado pelas capitais de alguns países, a maioria da população ainda vive em regimes tribais, distribuídos pelo interior do continente, sem acesso a bens de consumo industrializados. “Desta forma, a dieta é pautada em alimentação natural, pouco processada, e o consumo de açúcar é extremamente baixo.”
Ou seja, a informação de que a adição de flúor é bom para combater cárie, nada mais é que uma "solução" para NÃO QUERER resolver o verdadeiro problema desta doença!
Os profissionais de saúde sérios que realmente estão interessados em resolver este problema deveriam, ao invés de incentivar o uso de flúor, combater incessantemente o consumo do AÇÚCAR!
A prova está nas estatísticas mostrada acima! Alguém ainda tem alguma dúvida?
Flúor e Cárie

Atenção especial tem sido dada aos produtos fluoretados e muitos estudos vêm sendo realizados sobre o conceito do seu mecanismo de ação, métodos de utilização e os seus efeitos.
Os estudos à respeito do flúor, iniciaram há muitos anos, e surgiram à partir da sua utilização na água fluoretada. Na década de 60, estes produtos começaram a ser utilizados topicamente, tornando mais eficaz a prevenção da cárie dentária. 
Antigamente, acreditava-se que a composição química do esmalte seria de extrema importância para a resistência do dente. Desta forma, à incorporação do flúor ao esmalte dental durante a sua fase de formação, tornaria o mesmo mais resistente à dissolução pelos ácidos.
Em coerência com a teoria da época, procurava-se aumentar o flúor incorporado aos dentes durante o período pré-natal até aproximadamente os 13 anos de idade, tornando o uso tópico secundário. Hoje, entretanto, estes conceitos mudaram, pois as observações clínicas e laboratoriais demonstraram que a resistência do esmalte não está relacionada com o flúor ingerido. Estudos recentes comprovam que o efeito cariostático do flúor é decorrente da sua presença nos fluidos bucais. Portanto, é necessária a sua presença constantemente na cavidade bucal, em baixas concentrações, estando disponível durante os ataques de cárie.

Fonte: Dra. Eduarda Mendes Ferreira de Moraes – Odontopediatra

Flúor, Chumbo e Arsênico



Abaixo encontram-se dois gráficos comparando a toxidade do flúor com a do chumbo e do arsênico. E também mostrando o que a legislação brasileira e americana permitem que sejam inseridos em nossas águas de abastecimento. Alguém percebe algum tipo de diferença?
Nossas mentes já estão tão condicionadas a pensar que o flúor em nossas águas é bem mais benéfico que maléfico que nem percebemos. A pergunta é, quem beberia uma água com a mesma quantidade de chumbo que existe em nossas águas em relação a concentração de flúor? Acho que ninguém gostaria. Mas se o flúor é mais tóxico que o chumbo, por que ele é permitido em até 100 vezes mais aqui no Brasil e mais de 260 vezes mais nos Estados Unidos?
"Nações que ainda praticam fluoretação de água deveriam envergonhar-se de si mesmas." (Dr. Arvid Carlsson, Nobel 2000).







Órgãos afetados pelo Flúor


O Flúor, desde que foi adicionado a água de consumo, passou a ter como opositores cientistas, dentistas, médicos e ecologistas, preocupados com os seus efeitos sistêmicos em plantas, animais e no Homem.
Seguem-se estudos recentes sobre o Flúor, demonstrando os efeitos maléficos causados por esse elemento, possivelmente o maior vilão de toda a historia do Homem.

“A fluoretação da água é um fenômeno peculiar americano. Ela começou quando o amianto revestia canos, chumbo era colocado na gasolina, PCB’s introduzidos em transformadores e o DDT era considerado como seguro e efetivo. Um a um esses produtos químicos foram sendo banidos, mas a fluoretação permaneceu intocada” (The absurdities of Water Fluoridation, Paul Connet, Ph.D., Novembro 2002).

Esse mesmo autor acrescenta que a fluoretação é anti-ética, porque não respeita o direito individual de uso, porque não se pode controlar a dose dada ao paciente, e porque ignora o fato de que algumas pessoas são mais vulneráveis aos efeitos tóxicos do que outras.

“fluoretação é um erro extremamente perigoso” (...) “Fluosilicicos nunca foram testados quanto a segurança em humanos e animais” (...) “Espantosamente os fluossilicicos são resíduos de industrias de fertilizantes e contém quantidades traço de contaminantes, tal como o Arsênico, mercúrio, Chumbo e outros” (Paul Beeber, presidente da Coligação de Oposição à Fluoretação do Estado de Nova York).
Com relação aos distúrbios orgânicos causados pelo flúor, pesquisas têm demonstrado que:
- os sintomas iniciais de fluorose Osteoarticular, são caracterizados por dores nas juntas, que é difícil de distinguir de artrite. De acordo com a revista de fluoretação “Chemical Engineering News”, pelo fato de que sintomas clínicos são semelhantes à artrite, as duas primeiras fases de Fluorose osteoarticular podem ser facilmente mal diagnosticadas (como artrite). Da mesma forma, a própria Organização Mundial de Saúde alerta que casos iniciais (de Fluorose osteoarticular) podem ser diagnosticados como reumatóides ou osteoartrite”.

É estimado que aproximadamente 40 milhões de americanos sofrem de artrite, do tipo mais comum, a osteoartrite.

Reforçando a campanha anti-fluor, Paul Connet, Ph.D., professor de Química da Universidade de St. Lawrense e Michael Connet publicaram, em Março de 2001, o artigo “50 reasons to Oppose Fluoridation” (50 razões para se opor a fluoretação), do qual extraímos alguns trechos:

Sendo cumulativo, somente 50% do Flúor ingerido diariamente é excretado pelos rins, o restante fica acumulado nos ossos, glândula pineal e outros tecidos.

O nível de flúor na água (1ppm) é 100 vezes mais alta que a normalmente encontrada no leite materno, que é de apenas 0,01 ppm.

O Flúor é mutagênico, causa dano cromossômico e altera a função dos espermatozóides, reduzindo assim a taxa de fertilidade. Ele forma complexos com grandes números de metais, inclusive os necessários ao organismo. Altera enzimas onde o magnésio é um importante co-fator e carreia Alumínio para o cérebro, agravando o Alzheimer.
Em 1995 o jornal norte-americano “Neurotoxicology and Teratology” publicou estudos mostrando que o Flúor acumulado no cérebro de ratos produziu déficit comportamental típico de agentes neurotóxicos. No estudo, o Flúor induz dano na região do hipocampo cerebral, área ligada a hiperatividade e déficits cognitivos.
Estudos chineses mostram baixa de Q.I. em crianças, associados a exposição ao Flúor (Li e colaboradores, 1995, Zhao e colaboradores, 1996 e Lu e colaboradores, 2000).
O Flúor acumula em ossos, tornando-os quebradiços e aumenta a taxa de fraturas de bacias em idosos. Dezenas de estudos de laboratórios têm demonstrado que o Flúor é mutagênico e que é uma substancia carcinogênica. Ratos tratados com Flúor tiveram um significativo aumento estatístico de câncer ósseo (osteosarcoma), o que não foi encontrado nos ratos controles.

Acumulando-se na glândula pineal, reduz a produção de melantonina, hormônio importante na indução do sono e cuja redução pode levar ao inicio precoce da puberdade.

“Anteriormente, no século XX, o Flúor era prescrito por um certo numero de médicos europeus para reduzir a atividade da glândula tireóide, para aqueles que sofriam de hipertireoidismo” (Merck Index, 1960, pg. 952, Waldbott e colaboradores, 1978, pg 163).

O Flúor é, portanto, um depressivo tireoidiano, podendo levar a hipotireoidismo e consequentemente a disturbios relacionados a ele, como depressões, fadiga, aumento de peso, dores musculares, aumento de colesterol e doenças cardíacas.
Texto retirado do livro: "O Flúor e Outros Vilões da Humanidade"

Efeitos da Intoxicação com Flúor no Sistema Nervoso Central


As primeiras descobertas do efeito anticariogênico do flúor se originaram no início do século passado a partir da observação da diminuição da prevalência de cárie e o aparecimento de manchas brancas no esmalte dos dentes em crianças de determinadas regiões dos Estados Unidos que apresentavam altas concentrações de flúor na água. Essas manchas em forma de linhas ou pontos esbranquiçados no esmalte, conhecidas por fluorose dentária, são resultantes da hipomineralização e aumento da porosidade do esmalte em conseqüência da ingestão excessiva de flúor durante o período de formação do esmalte20. A partir disso tentou-se estabelecer uma concentração de flúor na água que fosse capaz de atuar na prevenção de cáries com o mínimo tolerável de fluorose nas populações expostas. Por volta de 1951 a American Dental Association/ADA recomendou oficialmente a fluoretação da água em 1ppm, ou seja, 1mgF/l como estratégia de saúde pública para prevenir cárie dentária.

No Brasil, em 1974, foi lançada a lei nº 6050, a qual dispõe sobre a fluoretação da água em sistemas de abastecimento quando existir estação de trata-mento. Por muito tempo prevaleceu o conceito de que seria necessário o uso sistêmico (pré-eruptivo) de flúor, e que a ação anticariogênica se dava pela incorporação do flúor ao esmalte durante a fase de mineralização dentária sob forma de flourapatita, o que deixaria o esmalte mais resistente a desmineralização. Conseqüentemente, o flúor foi muito indicado como medicamento para crianças e gestantes na forma de suplementos.

Na realidade o efeito anticariogênico do flúor ocorre por sua ação local, interferindo no processo de desenvolvimento da doença cárie de forma ativa. Desde que presente constantemente no ambiente bucal, atua nos processos de desmineralização e remineralização a que são submetidos os dentes devido à produção de ácidos bacterianos.

Deve ser enfatizado que, embora o flúor seja extremamente eficaz, ele isoladamente só reduz perdas de minerais, sendo importante à associação com outras medidas preventivas, como a ação conjunta da escovação com o uso de dentifrícios fluoretados.

CINÉTICA DO FLÚOR

O flúor pode ser absorvido através da mucosa bucal, especialmente em soluções ácidas; porém a maior taxa de absorção do flúor ocorre no trato gastrintestinal. A passagem do flúor se dá principalmente de forma passiva na sua forma molecular, ácido hidrofluorídrico (HF, pKa=3,4)37. A redução do pH acelera a absorção, logo a acidez estomacal facilita a absorção e conseqüentemente os efeitos tóxicos30. O monofluorfosfato dissódico (MFP), principal ingrediente ativo dos dentifrícios, é absorvido após hidrolise enzimática das moléculas por fosfatases, sendo esse processo de absorção a única diferença importante entre os metabolismos do monofluorfosfato dissódico e do flúor iônico, por esse motivo também o monofluorfosfato dissódico causa menos irritação a mucosa gástrica se comparado ao fluoreto de sódio38.

Após a absorção do flúor, seja em pequenas quantidades pela mucosa bucal ou em quantidades maiores pelo trato gastrintestinal, o flúor vai para corrente sanguínea, parte se acumula nos ossos e o restante é excretado principalmente pela urina, fezes, leite materno e suor38. Na excreção renal existe a possibilidade de ocorrer reabsorção tubular de parte do flúor, então, se a urina estiver neutra ou alcalina praticamente todo o flúor permanece na forma iônica, logo é mais facilmente excretado por não atravessar a parede tubular; o contrário acorre em urina ácida, a qual favorece a formação de HF, que é permeável a parede do túbulo e, por difusão, o flúor volta ao fluido intersticial.

Outra característica do flúor iônico é de não se ligar a proteínas plasmáticas, embora exista uma fração de flúor ligada à macromolécula no plasma que aparentemente não é intercambiável com o flúor iônico; logo as concentrações encontradas no plasma e fluido intersticial podem ser consideradas idênticas. Portanto, os estudos de distribuição do flúor podem usar os níveis de concentração plasmática como referência para concentração extracelular.

TOXICIDADE

Embora estudos demonstrem pouco ou nenhum efeito pré-eruptivo no controle da cárie, não há duvida de que a fluoretação da água de abastecimento é uma medida coletiva efetiva na prevenção da cárie dentária. Porém, o flúor se encontra disponível na natureza, assim como em vários produtos industrializados, podendo ser ingerido em quantidades variadas. Portanto, ao somar todas estas fontes, as pessoas podem estar expostas a concentrações tóxicas de flúor.

TOXICIDADE AGUDA

Há relatos de casos de intoxicação com flúor, por ingestão de produtos dentais, que levaram a morte. Desde 1978 houve quatro casos fatais, com as doses variando entre 4 a 30mg/kg, sendo que três vítimas eram crianças. Dentre os sinais e sintomas de uma intoxicação aguda por flúor, encontram-se, vomito, diarréia, broncoespasmo, fibrilação ventricular, pupilas dilatadas, hemoptise, câimbras, colapso cardíaco, hipercalemia, hipocalcemia e comprometimento da função renal.

A literatura apresenta estimativas muito variadas a respeito das doses tóxicas de flúor. Por exemplo, Whitford39 estimou, pela média de 4 casos fatais, que a dose fatal para humanos estaria entre 32 e 64mgF/kg. Em uma intoxicação aguda a dose provavelmente tóxica (DPT) sugerida para humanos seria de 5mgF/kg37. Considerando-se que a DPT para uma criança de 25kg seja 125mg e que um tubo de dentifrício contém 130,5mg de flúor, a DPT para uma criança de seis anos ou menos pode ser encontrada em produtos dentais. Isto leva-nos a pensar sobre a falta de conhecimento sobre as doses toleráveis que deveriam estar explicitas nos produtos que contém flúor.

TOXICIDADE CRÔNICA

O flúor ingerido em baixas doses, por período prolongado, está relacionado com alterações nas estruturas dentais e ósseas. O íon flúor atua de maneira tóxica precipitando o cálcio, elemento essencial a várias funções fisiológicas, em particular aos tecidos musculares e nervosos.

Toxicidade crônica do flúor, pela sua afinidade com os fosfatos, forma a fluorapatita; e com o cálcio forma o fluoreto de cálcio, pouco solúvel. Sendo assim, os tecidos ósseo e dentário, portadores de uma elevada porcentagem de cálcio e fosfato, podem sofrer os efeitos tóxicos do flúor, resultando em alterações dentárias, como fluorose; e óssea, como a hipercalcificação6.

NEUROTOXICIDADE

Outro aspecto da intoxicação por flúor é a neurotoxicidade, ou seja, danos tóxicos ao sistema nervoso central causados (SNC) pelo flúor. A barreira hematoencefálica é relativamente impermeável ao flúor, mas quando usado como agente terapêutico ou disponível no meio ambiente pode transpô-la.

Nesse sentido a presença de flúor no fluido cerebroespinhal foi relatada por Yu-Huan & Si-Shung, que mediram os níveis de flúor no fluido cerebroespinhal de pacientes expostos a concentrações normais de flúor na água de abastecimento (menos de 1ppm) e pacientes com fluorose, expostos a níveis elevados de flúor (10ppm). Foi constatado que o nível de flúor no fluido cerebroespinhal foi mais baixo que no sangue para os dois grupos, os quais não tiveram diferença significativa. Muitos anos de exposição ao flúor não têm resultado em problemas óbvios ao SNC, tais como apreensão, letargia, salivação, tremores, paralisia ou deficiência sensorial. Entretanto, existe a possibilidade de que a exposição ao flúor esteja ligada a sutis disfunções cerebrais, campo ainda inexplorado. Experimentos em animais de laboratório têm sido realizados com o intuito de se obter uma melhor compreensão dos efeitos neurotóxicos do flúor. Por exemplo, após a administração fluoreto de sódio (NaF) a 20 ou 40mg/kg 60 dias em ratas fêmeas, Paul.

Observaram uma diminuição da atividade motora espontânea de maneira dose dependente; já a coordenação motora não apresentou alterações; podendo indicar uma ação central do flúor, através da inibição de motivaçãodesses animais.

Porém esses animais também apresentaram um prejuízo no ganho de peso, o que poderia influenciar no resultado, sugerindo um falso positivo. Com propósito de avaliar o potencial tóxico do NaF sobre o desenvolvimento fetal, trataram ratas com flúor de 10 a 250ppm na água de beber até o 20º dia de gestação. Concluíram que não houve diferenças em relação aos grupos controle, exceto para os animais que receberam 250ppm de NaF, os quais apresentaram diminuição da ingestão de comida e água. Embora esse grupo tenha apresentado um maior numero de fetos com três ou mais variações ósseas, este resultado não foi estatisticamente significante. Portanto nesse estudo o NaF não apresentou teratogenicidade. Considerando que o desenvolvimento do SNC pode sofrer distúrbios causados por alterações hormonais, Trabelsi et al.33, pesquisaram a possível influência do flúor no desenvolvimento e funcionamento da glândula tireoide. Esta proposta fundamenta-se na premissa da participação dos hormônios tireoidianos na maturação pós-natal do sistema nervoso central e periférico e esqueletal, ressaltando a influência desses hormônios sobre a maturação do córtex cerebelar. Camundongos fêmeas Wistar foram tratadas com NaF 500mg/l na água de beber a partir do 15º dia de gestação até o nascimento dos filhotes, os quais continuaram a receber o tratamento até o 14º dia de vida. Ao final desse período observou-se que os animais que receberam NaF apresentaram diminuição de 75% do hormônio T4 (tiroxina) livre no plasma, em relação ao controle. A analise histológica do cerebelo mostrou, nos animais tratados, forte redução ou ausência da camada granular externa, pobre diferenciação das células de Purkinje e aumento da apoptose na camada granular interna. Sendo assim os autores concluíram que o NaF, nos animais estudados, foi capaz de causar forte redução no hormônio tiroxina e que isso poderia estar relacionado com as alterações histológicas e apoptoses observadas no cerebelo desses animais.

Observando-se os efeitos tóxicos do flúor, administrado cronicamente, sobre o comportamento e estrutura dental, Ekambaram & Paul11, analisaram o possível efeito preventivo do cálcio. Ratas adultas Wistar foram tratadas durante 60 dias com 500ppm de NaF na água de beber apenas ou em combinação com carbonato de cálcio 50mg/kg administrado através de gavagem. Todos os animais tratados com NaF apresentaram aumento da concentração do mesmo no plasma, diminuição de ingestão de comida com conseqüente redução no ganho de peso corporal, prejuízo na atividade motora exploratória e coordenação motora, lesões dentais, inibição da atividade da colinesterase total no sangue e acetilcolinesterase cerebral e hipocalcemia.

A administração de carbonato de cálcio apenas, não apresentou modificações significantes em nenhum dos parâmetros avaliados. O grupo que recebeu carbonato de cálcio juntamente com NaF apresentou prevenção significativa dos efeitos tóxicos do flúor nos parâmetros avaliados; a concentração plasmática de flúor diminuiu e os níveis de cálcio foram restabelecidos nesses animais. Estes dados sugerem, então, que o cálcio esteja prevenindo não apenas a hipocalcemia induzida pelo flúor, mas também a toxicidade do flúor sobre a estrutura dental e comportamento locomotor, provavelmente por diminuir a biodisponibilidade do flúor por interação no trato gástrintestinal. Após essa observação do possível efeito preventivo do cálcio na intoxicação crônica por flúor, Ekambaram & Paul12, analisaram o efeito da vitamina D em animais submetidos a fluoreto de sódio. Isso porque a vitamina D aumenta a absorção gastrintestinal do cálcio. Ratas fêmeas adultas Wistar foram tratadas durante 60 dias com NaF 500ppm na água de beber apenas ou em combinação com vitamina D 200UI/Kg administrada através de gavagem.

Todos os animais tratados com NaF tiveram os mesmos resultados do experimento anterior. A administração de vitamina D apenas, não apresentou modificações significantes em nenhum dos parâmetros avaliados. O grupo que recebeu vitamina D juntamente com NaF apresentou prevenção da hipocalcemia e da diminuição ingestão de comida e ganho de peso; enquanto que os demais parâmetros se mantiveram iguais aos animais tratados apenas com NaF. Isso ocorreu provavelmente porque a vitamina D não foi capaz de reduzir os níveis plasmáticos de flúor, mas conseguiu restabelecer os níveis de cálcio no plasma. Portanto, a reversão dos efeitos tóxicos observados no estudo anterior, foi devida a uma quelação do fluoreto pelo cálcio, impedindo a absorção do flúor; enquanto que os animais tratados com vitamina D apresentaram reversão para alguns parâmetros devido o restabelecimento dos níveis de cálcio plasmático.

Aumento significativo nos níveis de flúor no plasma e cérebro após exposição ao fluoreto de sódio em ratos Sprague-Dawley foi observado por Mullenix et al.21 Os animais que receberam 75 a 125ppm de flúor por 6 semanas, após um intervalo de 3 semanas, apresentaram níveis plasmáticos de 0.059 a 0.640ppm flúor, similar aos relatados em humanos expostos a 5-10ppm de flúor a qual gira em torno de 0.076-0.25.
Os animais tratados com concentrações mais elevadas de NaF também apresentaram uma ruptura do padrão comportamental quando expostos a um novo ambiente. Em uma revisão, Spittle, relata aspectos clínicos de intoxicações crônicas pelo flúor em humanos, entre os sinais e sintomas relatados encontram-se, enxaqueca, distúrbios visuais e depressão para indivíduos que estavam recebendo 1mg de F diariamente; fluorose esqueletal, depressão, apatia mental e distúrbios de memória em trabalhadores de uma mina de alumínio. A interação entre flúor e alumínio foi estudada por Allain et al. Os quais constataram que o complexo formado por flúor e alumínio aumenta a absorção de alumínio, mas diminui a absorção de flúor. Então, Varner et al, demonstraram que em certos níveis o alumínio pode diminuir a captação de flúor, reduzindo os efeitos tóxicos do flúor, porem, concentrações baixas de alumínio, na forma de fluoreto de alumínio, causou maiores alterações neuroniais e prejuízos à integridade cerebrovascular que o fluoreto de sódio, em ratos tratados cronicamente, ambos com a mesma concentração de flúor. Outros casos relatados por Spittle também apresentaram, fadiga progressiva generalizada associada com um declínio mental, quadros de esquecimento, problemas para coordenar os pensamentos e redução na habilidade de escrever. Estudos estimam a quantidade de flúor ingerido por crianças em idade pré-escolar.

 Bentley et al, detectaram ingestão média por escovação de 0,42mg de dentifrício a 1450ppm, e 0,10mg quando o dentifrício era de 400ppm. Lima & Cury constataram, que do total, em média 55% do flúor ingerido é proveniente da deglutição do dentifrício durante a escovação, esse dado foi justificado pelo fato de que, nessa idade as crianças não possuem total controle sobre os músculos da deglutição. Ainda Pessan et al, contatou ser o dentifrício a principal fonte de flúor ingerida por crianças de quatro a sete anos de idade, sendo 0,018±0,012mg/kg/dia proveniente da dieta enquanto 0,037±0,038mg/kg/dia do dentifrício.

Sendo considerado o limite máximo de ingestão diária de flúor de 0,07mg/Kg de peso corporal, os autores alertam para a participação do dentifrício na extrapolação desse limite. Este fato, associado às características farmacocinéticas e ao estágio de desenvolvimento do Sistema Nervoso Central, podem tornar esta faixa etária mais suscetível aos efeitos cognitivos do flúor como dificuldades de aprendizado e memória quando administrado em altas concentrações ou por tempo prolongado. Estudos realizados na China relataram uma diminuição significativa do QI (Intelligence Quotient) através da aplicação do Chinese Combined Raven’s Test em crianças expostas a aproximadamente 3ppm de flúor na água de beber quando comparadas com crianças vivendo em regiões onde a água apresenta 0.40ppm de flúor.

Um estudo mais recente, com a participação de 320 crianças avaliadas pelo Chinese Standardized RavenTest, confirma os resultados anteriores, crianças expostas a 4.55ppm de flúor na água de beber apresentaram diminuição significativa do QI, comparadas com crianças expostas a 0.89ppm de flúor7. Estudo semelhante realizado na Índia relacionou o QI ao nível urinário de flúor de 190 crianças. E os resultados corroboram os anteriores, apresentando uma relação inversa entre o nível urinário de flúor e o QI nas crianças avaliadas34. Porem existe críticas em relação à metodologia desses trabalhos, questionando sua validade 25. Apesar de estudos experimentais não detectarem teratogenicidade do flúor em ratos, Wang et al, observaram prejuízo significativo na memória e aprendizado de ratos, tratados com 100ppm de flúor desde a sua gestação até o 30º dia de vida, comparados com ratos controles, quando submetidos ao teste de esquiva inibitória. Em semelhante estudo, Bera et al. (2007)5, tratou ratas prenhas com NaF 5mg/Kg desde o primeiro dia da gestação até o nono dia após o nascimento.

A prole foi avaliada e foi observado que ratos machos de 60 dias de idade apresentaram prejuízo no desempenho nos testes da esquiva ativa e passiva, indicando um prejuízo na aprendizagem e memória, mesmo não sendo observada diferença entre os grupos na locomoção dos animais durante a realização da esquiva ativa. A coordenação motora, avaliada pelo rotarod apresentou prejuízo no grupo teste, além de alteração no comportamento sexual.
Já ratas fêmeas de 40 dias de idade, apresentaram prejuízo na habituação a objetos quando expostas pela segunda vez, e falha no reconhecimento entre objeto novo e familiar. Esses resultados indicam que flúor possa ter um efeito tóxico de longa duração sobre a memória e sexo dependente. Outro estudo demonstrou prejuízo significativo no teste de esquiva inibitória em animais tratados por 30 ou 90 dias com 100ppm de flúor41. Este possível efeito deletério do flúor sobre a memória e aprendizado é reforçado por estudo de Chioca et al. (2007)8 em que observamos um prejuízo na tarefa de habituação ao campo aberto e esquiva ativa em ratos adultos, tratados durante 30 dias, com fluoreto de sódio, 50 e 100ppm na água de beber. As doses de 5 e 11mg/kg de flúor, respectivamente, apresentaram grau leve de fluorose dentária e ausência de prejuízo no ganho de peso ou diminuição da ingestão de água ou comida. Zhang et al. (2008)45 observou que camundongos tratados com NaF 10mg/L na água de beber, durante 10 semanas, tiveram um prejuízo significativo no aprendizado de uma tarefa no labirinto radial de 3 braços, a qual consistia na escolha do braço com luz.

Porém esses animais não apresentaram diferença em relação ao controle na realização do mesmo teste após 24 horas. Indicando que os camundongos tratados tiveram um prejuízo de aprendizagem, mas não de memória. Estudos têm sido realizados, em animais e in vitro, com o propósito de tentar esclarecer os possíveis mecanismos pelos quais o flúor estaria exercendo seus efeitos neurotóxicos, resultando em alterações comportamentais e bioquímicas em animaise danos de cognição e memória em humanos.

Dentre os mecanismos propostos estão: inibição da síntese de polifosfoinosiotideos, com conseqüente prejuízo na neurotrasmissão mediada pela fosfolipase C; alterações histológicas demonstrando aspectos neurodegenerativos, como diminuição no número e no tamanho de neurônios e diminuição nas células de Purkinje cerebelares; aumento do estresse oxidativo; redução da atividade de enzimas, como a acetilcolinesterase cerebral e colinesterase plasmática e redução nos receptores nicotínicos cerebrais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma revisão solicitada pelo “Australian national health and medical research council” relaciona os efeitos benéficos do flúor e o seu potencial de risco a saúde, quando adicionado a água, sal, leite e produtos dentais como dentifrício. Mostrando a preocupação em relação à segurança do uso sistêmico do flúor.

Outro trabalho recente de pesquisa de opinião realizado em 16 países da Europa, relata a posição contraria da maioria dos entrevistados em relação à fluoretação da água, sendo que eles acreditam que a saúde bucal é algo a ser tratado individualmente, demonstrando a insegurança da população em relação a essa prática. Podemos observar com isso, que apesar do conhecimento dos efeitos benéficos do flúor, existe uma carência de resultados objetivos que demonstrem a segurança do uso sistêmico desse elemento. Uma questão freqüentemente levantada em relação aos estudos pré-clínicos é a sua de aplicabilidade à situação clínica.

Nos estudos citados na presente revisão, esta questão se refere principalmente em relação às elevadas doses empregadas, que foi muitas vezes maior que a utilizada na água de abastecimento. Entretanto é interessante notar que o F não está presente apenas na água de abastecimento, mas também em inúmeros produtos odontológicos (p.ex. pasta e soluções orais) e vários alimentos, o que aumenta a quantidade ingerida (mas que mesmo assim, provavelmente fica muito aquém das doses empregadas nos estudos pré-clínicos revistos). Por outro lado, ressalte-se que estes estudos préclínicos, na grande maioria dos casos, empregam animais adultos jovens sadios, tratados por um período relativamente curto, enquanto o ser humano está exposto ao F durante toda sua vida (começando pelo período intra-uterino), independentemente de seu estado de saúde. Considerando que a fluoretação da água de abastecimento atinge um grande número de pessoas e que existe um número reduzido de relatos de neurotoxicidade, pode-se supor que esse efeito seja pouco freqüente. Entretanto mesmo um evento pouco freqüente pode acarretar um significativo número de sujeitos afetados em uma grande população. Mais ainda, os dados revistos neste trabalho sugerem a possibilidade de prejuízos motores e cognitivos. Portanto, há a necessidade do aumento da pesquisa clínica e pré-clínica deste assunto.

10 Conselhos Importantes


Prevenção de Afogamentos

01. Nade apenas em áreas supervisionadas por guarda-vidas.
02. Consulte o guarda-vidas para saber as condições para o banho e para o surf, antes de entrar na água.
03. Respeite os avisos do guarda-vidas. Ele é um profissional que foi treinado e conhece o local.
04. Nade sempre em companhia de outras pessoas.
05. Objetos flutuantes não substituem falta de conhecimento, de habilidade e de preparo físico para  natação.
06. Nade em locais afastados da região onde o rio deságua no mar, de pilares de plataformas de pesca, pontes e ancoradouros.
07. Mergulhe somente em águas que você já conhece.
08. Evite ingerir bebidas alcoólicas ou alimentos pesados antes e durante o banho de mar.
09. Se você ingressar em uma corrente marinha e não conseguir sair dela, chame por socorro.
10. Para sair de uma corrente marinha o correto é nadar diagonalmente ao sentido dela.

Acidente de Trânsito

01. Se for dirigir, não beba. Se bebeu, não dirija.
02. Tenha sempre o controle e o domínio do veículo, respeite seus limites e os do veículo.
03. Assim que começar a escurecer, acenda as lanternas e a noite use sempre os faróis, no caso de chuva, acenda os faróis.
04. Dirija sempre com atenção, evite parar bruscamente e sinalize sempre sua intenção.
05. No caso de derrapagem em curvas, nunca pise no freio, tire o pé do acelerador.
06. Se tiver que parar o carro na pista, sem acostamento ou numa emergência, acione de imediato o pisca-alerta.
07. Evite dar freadas bruscas e que venham a travar os pneus.
08. Respeite a sinalização e os limites de velocidade.
09. Cuidado com animais na pista ao amanhecer e ao anoitecer.
10. Não coma, não beba, não fume e não atenda telefone celular ao volante.

Fonte: Governo do Estado do Ceará