terça-feira, 28 de agosto de 2012

Por que o produto Orgânico é mais caro que o convencional?

O preço um pouco mais elevado dos alimentos orgânicos se deve ao custo de produção maior e à produtividade menor. Em alguns casos, como o da batata, por exemplo, a produção por hectare do produto convencional é o dobro do que na produção por hectare do produto orgânico. Os biofertilizantes usados para o combate de pragas na produção de orgânicos apresentam uma eficiência menor em relação aos fertilizantes químicos.
Os alimentos produzidos organicamente se desenvolvem no tempo correto, naturalmente. Já os alimentos cultivados com fertilizantes e adubos artificiais se desenvolvem de maneira acelerada, o que aumenta a sua produtividade, porém esses produtos deixam resíduos nos alimentos.
Em contrapartida, a produtividade dos orgânicos é mais lenta, mas o resultado são alimentos sem nenhum resíduo. Além disso, na agricultura orgânica, não se usam herbicidas para eliminar as ervas daninhas, o que exige maior utilização de mão-de-obra para controlar o mato.
O que pode favorecer uma redução gradual dos preços dos orgânicos é o aumento do mercado consumidor. Ou seja, quanto mais pessoas consumirem os alimentos orgânicos, mais se aumentará a área produzida e, assim, os custos baixarão.

Por que Preferir Produtos Orgânicos?


Os produtos orgânicos, tanto de origem animal como vegetal, são mais saudáveis, têm mais sabor e podem estar bem perto de você. Ao consumir os orgânicos, você leva à mesa produtos saborosos, mas com todas vitaminas e minerais preservados. E não é só comida: hoje em dia há até cosméticos com insumos orgânicos e naturais certificados.
Veja bem: ao consumir produtos orgânicos, você contribui para o fortalecimento dessa grande rede de pessoas e instituições que trabalham por uma melhor qualidade de vida para gerações atuais e futuras. Pois é bem verdade o que diz o site do Ministério da Agricultura: “Dê produtos orgânicos a seus filhos. Seus netos agradecem”.
Estas mercadorias, como se sabe, em sua produção têm por base os princípios agroecológicos que focalizam o uso responsável do solo, da água, do ar e dos outros recursos naturais. Na agricultura orgânica não se usa substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente, como por exemplo fertilizantes sintéticos solúveis, agrotóxicos e transgênicos.

De um modo geral, há uma atenção maior à toda rede da vida, inclusive na produção de produtos cosméticos certificados há o cuidado de não se realizar testes com animais. Enquanto isto, a inserção dos orgânicos nos cardápios de restaurantes tem sido uma forma de valorizar os pratos e marcar uma posição de responsabilidade dos estabelecimentos por estimularem o desenvolvimento sustentável. Fica bacana pra eles e muito bom pra você.

A rede e você - Uma das características fundamentais da produção orgânica é a preocupação com o meio ambiente, seus sistemas priorizam o uso responsável dos recursos naturais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. A agricultura orgânica diversifica e integra a produção de espécies vegetais e animais, gerando ecossistemas mais equilibrados.

Veja bem: ao consumir produtos orgânicos, você contribui para o fortalecimento dessa grande rede de pessoas e instituições que trabalham por uma melhor qualidade de vida para as gerações atuais e futuras. O consumidor responsável deve considerar e valorizar, no ato da compra, os produtos da estação, os regionais, aqueles que fortalecem os produtores locais e os que têm processo de produção e embalagens que agridem menos o meio ambiente. 

Já que possui diferentes tipos de solo e clima - e mais uma biodiversidade incrível aliada à diversidade cultural -, o Brasil é sem dúvida um dos países com maior potencial para crescimento do setor de produtos orgânicos. Na fazenda da Embrapa, em São Paulo, de 4,3 mil hectares, localizada a 160 quilômetros de CorumbáMS, 14 pesquisadores estudam o desenvolvimento de medicamentos homeopáticos e fitoterápicos para o tratamento e prevenção de doença dos bois. O uso desse tipo de produto é um dos pré-requisitos para se considerar uma carne orgânica.

Atração para todos os gostos - Outro exemplo é a indústria de cosméticos com insumos com certificação orgânica, já bem desenvolvida em termos de opções. Em Curitiba, para se ter uma idéia, no pioneiro mercado municipal de produtos orgânicos - o primeiro empreendimento no país -, surgiu também uma interessante loja especializadíssima em cosméticos com insumos com certificação orgânica. Inclusive com itens de fabricação própria, a Cativa Natureza (foto) tem recebido intensa resposta dos consumidores mais antenados. Nada é por acaso, e não é meia dúzia de opções. Máscara com argila, hidratante, loção tônica, loção de limpeza, creme para áreas dos olhos, esfoliante, removedor de maquiagem, gel para barbear, hidratante pós-barba, shampoo e condicionador sem sal, entre outros produtos terapêuticos compõem a linha. Há opções também para homens e crianças. Tem atração para todos, o que mostra o potencial brasileiro.

Onde comprar
 No site Orgânicos - Entre para o mundo da vida saudável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento há várias informações importantes e também um mecanismo de busca por Estado, onde você vai encontrar feirinhas por todos o país.
Vale dar um passeio também na seção Biblioteca Multimídia. Tem vídeos bacanas e publicações com artigos de orientação ao consumidor. Confira, em especial, cartilha em quadrinhos, desenhada por Ziraldo (foto).
Pois é bem verdade o que diz o site do Ministério da Agricultura: “Dê produtos orgânicos a seus filhos. Seus netos agradecem”.
Fonte: OutroMundo

Quais Cosméticos podem trazer Riscos à Saúde



Muitas pessoas não sabem como são feitos os produtos cosméticos e a origem de seus componentes.
Veja abaixo, os ingredientes mais perigosos e observe-os atentamente antes de comprar e utilizar qualquer cosmético.
O uso de cosméticos por mulheres e homens é tão antigo quanto o próprio surgimento da humanidade. A revolução industrial do século 19 trouxe aos consumidores destes produtos mais variedades de marcas e opções de aromas, texturas e uso específico para cada tipo de pele. Muitas pessoas, entretanto, não sabem como são feitos e a origem dos componentes dos cosméticos. Será que realmente todos eles fazem bem à pele?
Na composição dos cosméticos usados diariamente por milhões de pessoas pode haver ingredientes potencialmente perigosos para a saúde. Há ingredientes em cosméticos que, quando em contato com a pele, podem trazer prejuízos ao consumidor como, por exemplo, irritações e alergias cutâneas, até mesmo doenças mais graves, como o câncer. Infelizmente, muitos destes cosméticos contém ingredientes que fazem mal à pele, porém eles estão disfarçados nos produtos que usamos todos os dias, sendo difícil sua identificação, pois os aromas e os corantes agradáveis distraem a atenção do consumidor. Recomendo procurar produtos com ingredientes próprios para o seu tipo de pele, isto é, eudérmicos.

Veja abaixo, os ingredientes mais perigosos e observe-os atentamente antes de comprar e utilizar qualquer cosmético.

Uréia: atravessa a placenta. A uréia é, com certeza, um dos hidratantes mais utilizados em cosméticos, tanto pela sua eficácia, quanto pelo seu baixo preço. O que muita gente não sabe, no entanto, é que a uréia é proibida para mulheres grávidas. E o principal motivo desta proibição é que a uréia penetra profundamente na pele e tem até mesmo a capacidade de atravessar a placenta, podendo chegar até o feto em formação, trazendo ao bebê conseqüências ainda desconhecidas.A fim de controlar o uso de uréia nos cosméticos, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determina que todas as vezes que um produto tiver na sua composição a uréia em dosagens maiores que 3%, o mesmo deve conter no rótulo o seguinte alerta: “Não Utilizar Durante a Gravidez”. A ANVISA ainda resolveu proibir a fabricação de cosméticos que contenham em sua composição mais de 10% de uréia.

Parabenos:
Se comportam como se fossem os hormônios femininos Conforme estudo realizado na Universidade de Reading, Reino Unido e publicado em janeiro de 2004 no Journal of Applied Toxicology, os conservantes Parabenos apresentam propriedades estrogênicas, ou seja, se comportam como se fossem o estrogênio, um hormônio feminino. Há no mundo dos cosméticos uma enorme utilização de produtos contendo Parabenos por gestantes, lactantes, crianças e pacientes sob tratamentos diversos como câncer, reposições hormonais e terapias crônicas. Hoje, o mercado possui preservantes naturais ou mais modernos que, até o momento, demonstraram segurança, permitindo aos formuladores o desenvolvimento de formulações mais seguras. O mesmo jornal publicou que o uso de parabenos em produtos cosméticos destinados à aplicação na área axilar (como desodorantes, por exemplo) deve ser reavaliado, pois estudos recentes levantaram a hipótese de que o uso dele nessa região pode estar associado ao aumento da incidência de câncer de mama, o que foi confirmado em teste realizado recentemente. Os parabenos podem ser identificados nas formulações dos cosméticos e desodorantes com diversas nomenclaturas: Parabens, Methylparaben, Ethylparaben, Propylparaben e Butylparaben.

Conservantes liberadores de formol: 
Podem aumentar a incidência de câncer de pele. O formol faz muito mal para a pele, mas o que a grande maioria das pessoas não sabe é que muitos cosméticos utilizam na formulação alguns tipos de conservantes que produzem e liberam formol na pele. Além da já conhecida toxicidade do formol, um estudo realizado no Departamento de Dermatologia da Universidade de Debrecen, Hungria e publicado no periódico “Experimental Dermatology”, em maio de 2004, revelou que o formol pode contribuir para o aparecimento de câncer induzido pela radiação ultravioleta do sol.O consumidor pode se proteger destas substâncias observando cuidadosamente os rótulos traseiros das embalagens, procurando pelas seguintes substâncias: quatérnium-15, diazolidinil hora, imidazolidinil uréia e DMDM hidantoína.

Propilenoglicol risco de alergias
O propilenoglicol é um produto utilizado como diluente de outras substâncias, sendo muito usado em uma ampla variedade de cosméticos. O perigo de seu uso está nos problemas de pele que este pode desencadear nas pessoas, como alergias e irritações. Um estudo realizado com 45.138 pacientes na Universidade de Göttingen, Alemanha e publicado no periódico “Contact Dermatitis”, em novembro de 2005, confirmou o potencial sensibilizante (potencial para causar alergias) do propilenoglicol, confirmado por um outro estudo realizado no Departamento de Dermatologia do Hospital Osaka Red Cross, Japão e publicado no periódico “International Journal of Dermatology”, também em 2005.Para saber se o seu produto cosmético contém propilenoglicol na composição, verifique a palavra propylene glycol no rótulo traseiro da embalagem.

Óleo mineral e outros derivados do petróleo: 
Responsáveis por diversos tipos de câncer. Os derivados do petróleo, como por exemplo, os óleos minerais, estão presentes na maioria dos produtos cosméticos, devido sua propriedade emoliente, ou seja, hidratante para a pele. Entretanto, estudos recentes vêm associando esses componentes ao aumento da mortalidade por diversos tipos de câncer, como o de pulmão, esôfago, estômago, linfoma e leucemia. Isso se deve devido à presença de um composto chamado 1,4-dioxano, uma substância cancerígena, como relata estudos publicados nos periódicos “American Journal of Industrial Medicine” (Departamento de Epidemiologia, Escola de Saúde Pública, Los Angeles, CA outubro de 2005), “Contact Dermatitis” (Departamento de Dermatologia, Nagoya City University Medical School, Japão, abril de 1989) e “Regulatory Toxicology and Pharmacology” (outubro de 2003). Para identificar a presença desses componentes em seu produto cosmético, basta procurar no rótulo traseiro as palavras paraffin oil e mineral oil.

Filtros solares com benzofenonas e derivados da cânfora: 
Efeito estrogênico no organismo, o uso diário de filtros solares é indispensável para evitar o envelhecimento e o câncer de pele, todos já sabem. Porém, poucas pessoas são informadas sobre os perigos que alguns componentes desses filtros geram para a saúde humana. Um estudo realizado no Departamento de Dermatologia do Hospital Bispebjerg, Copenhagen - Dinamarca e publicado no periódico “The Journal of Investigative Dermatology”, em 2004, apontou a presença de fotoprotetores no sangue e na urina, indicando que estes foram absorvidos pelo organismo. Para completar essa informação, outro estudo realizado na Universidade Utrecht, Holanda e publicado no periódico “Toxicology and Applied Pharmacology”, 2005 comprovou que esses compostos imitam o hormônio feminino estrogênio. Para maior segurança, no momento da compra de um fotoprotetor, procure nos rótulos as palavras benzophenone e/ou 3-(4-methyl-benzylidene).

Corantes artificiais e essências alergênicas: 
Segundo estudo realizado pela Comissão Européia de Empresas e Indústrias Farmacêuticas, os corantes (substâncias responsáveis por colorir os produtos) e as essências (substâncias responsáveis pelo odor agradável), podem causar alergias na pele. Portanto, para quem sofre de alergia a cosméticos, dê preferência àqueles formulados sem corantes e com baixo teor de essências.

Lanolina, ácido sórbico e bronopol: 
Potencial alergênico para a pele. A Comissão Européia de Empresas e Indústrias Farmacêuticas classifica vários componentes usados em formulações cosméticas como alergênicos (causadores de alergia) para a pele humana. Entre eles, é relevante citar a lanolina, uma substância obtida da lã do carneiro e comumente usada em produtos cosméticos como substância emoliente (hidratante), podendo causar alergias locais na pele de pessoas predispostas. Nos rótulos das embalagens, a lanolina é encontrada como lanolin. Outros componentes são o ácido sórbico, encontrado nos rótulos dos produtos cosméticos como sorbic acid e, por último, o bronopol, encontrado por esse nome mesmo.


Prof. Maurício Gaspari Pupo Coordenador da Pós-Graduação com MBA em Cosmetologia das Faculdades Unicastelo de São Paulo, Unigranrio do Rio de Janeiro e Metrocamp de Campinas. Diretor Técnico da Consulfarma Assessoria Farmacêutica, Editor da Revista de Cosmetologia “In Cosmeto” e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da ADA TINA Cosméticos.