domingo, 27 de agosto de 2023

Por Que O Óleo De Peixe (Ômega 3) Derrete O Isopor?

 Algumas Informações Importantes Sobre o Ômega 3

“Comprei meu ômega com vocês e estou apavorada. Fiz o teste do isopor e derreteu. Imagina o que não faz com meu estômago”

O famoso teste do ômega no isopor… Se você dispensa ômega na farmácia e ainda não precisou resolver esse tipo de reclamação ou questionamento considere-se uma pessoa de sorte. É mais comum do que você imagina. Os pacientes cortam o invólucro das cápsulas de ômega e colocam o óleo dentro de um copo de isopor. A reação é linda! Em pouco tempo rompe-se o fundo do copo de isopor. Só que o mais engraçado de tudo isso é que você pode se deparar com dois tipos de pacientes:

1) aqueles que querem que o ômega derreta o isopor acreditando que isso é sinônimo de qualidade e que o suplemento vai entrar na corrente sanguínea fazendo a mesma coisa: corroendo a gordura depositada, limpando e “desentupindo” tudo. Fazendo uma analogia, querem que o ômega funcione igual uma soda cáustica no encanamento.

2) aqueles que não querem que o ômega derreta o isopor pois imaginam que ao ingerir, o ômega irá fazer a mesma coisa por todo trato gastrointestinal.

Nem uma coisa e nem outra. Continue lendo essa matéria que vamos descascar esse abacaxi com você.

Por que o óleo de peixe (ômega 3) derrete o isopor?

Disponível hoje para consumo; é possível encontrar o óleo de peixe em duas formas: éster etílico (EE) e triglicerídeos (TG). O EE é a forma que dissolve o isopor simplesmente porque sua polaridade é semelhante ao isopor. Lembra do princípio da solubilidade que “semelhante dissolve semelhante”? Pois então…. é por isso que a água (polar) não solubiliza no óleo (apolar), o sal (polar) dissolve na água (polar), e também, é por isso que o óleo (apolar) dissolve o isopor (apolar).

A polaridade pode variar em força. As moléculas podem ser muito polares, ligeiramente polares, ligeiramente apolares, muito apolares ou qualquer ponto intermediário. Todo óleo de peixe é apolar. Mas alguns são mais apolares do que outros.

O óleo de peixe na forma de EE é muito apolar. Na forma de TG, é muito menos apolar. Quanto mais apolar for o óleo de peixe, mais rápido ele dissolverá outras substâncias apolares, como o isopor.

O efeito visto no copo ocorrerá dentro do corpo?

Como mencionado, tem pessoas que esperam que ao ingerir as cápsulas de ômega aquele efeito de “corrosão” do óleo de peixe no isopor aconteça dentro dos vasos. Ou, imaginam que ao tomar ocorrerão danos no trato gastrointestinal. De maneira nenhuma isso poderá acontecer, simplesmente porque as paredes da nossa boca, esôfago, estomago, intestino e veias não têm a mesma composição química do isopor.

Qual é melhor: EE ou TG?

De maneira geral tanto a forma EE quanto a forma TG são bem absorvidas e usadas ​​pelo corpo com objetivo fornecer ácidos graxos ômega-3 (EPA e DHA) para promover uma série de benefícios a saúde.

No entanto há alguns resultados de estudos humanos comparando a absorção de ácidos graxos ômega-3 em TG vs. EE um tanto conflitantes: vários estudos não mostram diferença na absorção, enquanto outros sugerem que a absorção de EE pode ser menor. As diferenças nos materiais de teste, assuntos, análises e duração tornam as comparações difíceis. Em geral, os estudos que encontraram taxas de absorção mais baixas para EE tendem a ser de curta duração (8-12 horas) e forneceram ômega-3 em uma grande dose única. Em estudos onde a suplementação de ômega-3 durou várias semanas ou mais, geralmente não houve diferenças significativas na absorção.

Um estudo de curto prazo relatou que a biodisponibilidade foi maior para a forma TG versus a forma EE. No entanto, deve-se notar que essas conclusões foram baseadas em um estudo de prazo relativamente curto (2 semanas) com uma dose fixa de aproximadamente 3,5 g de EPA + DHA diariamente. Em contraste, um estudo de longo prazo publicado em 2016, não encontrou nenhuma diferença significativa na biodisponibilidade com formas de TG versus EE em um período de 3 meses.

Um ponto importante a considerar quando se olha para a biodisponibilidade de curto prazo é que a eficácia do ômega-3 EE em parâmetros objetivos de saúde, como a redução de triglicerídeos sanguíneos elevados, começa cerca de 1 mês após o início da suplementação, com eficácia máxima observada em cerca de 2-3 meses. Assim, quaisquer diferenças de curto prazo na absorção, metabolismo e biodisponibilidade geral não têm um impacto clínico significativo visto que a maioria das pessoas que toma suplementos de óleo de peixe o faz a longo prazo, e não apenas por um curto período de tempo.

Por que haveria uma diferença entre os resultados de estudos de curto e longo prazo em relação à EE?

O processo de hidrólise do EE parece ser mais lento do que a ação da lipase pancreática sobre os TGs, o que explicaria o aumento tardio dos níveis plasmáticos ou teciduais observado em alguns estudos em humanos.

Os ômega-3 na forma TG são influenciados pela enzima lipase pancreática no intestino, enquanto a forma EE é hidrolisada (o ácido graxo separado de seu etil carreador) apenas quando absorvido pelas células endoteliais do revestimento intestinal.

Qual ômega escolher?

A capacidade do ômega em dissolver o isopor não deve ser levada como um parâmetro de escolha. Tanto a forma EE como a TG são muito seguras e aprovada pelas agências reguladoras. Os fatores determinantes para escolha devem ser a pureza do produto e sua concentração de DHA e EPA.

.Bibliografia consultada:

Disponível em Science Based Health. Traduzido e adaptado por Magistral GuideNordoy A, et al. Absorption of the n-3 eicosapentaenoic and docosahexaenoic acids as ethyl esters and triglycerides by humans. Am J Clin Nutr 53:1185-90, 1991.

Krokan HE, et al. The enteral bioavailability of eicosapentaenoic acid and docosahexaenoic acid is as good from ethyl esters as from glyceryl esters in spite of lower hydrolytic rates by pancreatic lipase in vitro. Biochimica et Biophsica Aca 1168:59-67, 1993.

Hansen JB, Olsen JO, et al. Comparative effects of prolonged intake of highly purified fish oils as ethyl ester or triglyceride on lipids, haemostasis and platelet function in normolipaemic men. Eur J of Clin Nutr 47:497-507, 1993.

Reis GJ, et al. Effects of two types of fish oil supplements on serum lipids and plasma phospholipid fatty acids in coronary artery disease. Am J Cardiol 66:1171-75, 1990.

El Boustani S, et al. Enteral absorption in man of eicosapentaenoic acid in different chemical forms. Lipids 22:711-14, 1987.

Lawson LD and Hughes BG. Human absorption of fish oil fatty acids as triacylglycerols, free fatty acids, or ethyl esters. Biochem Biophys Res Comm, 156:328-35, 1988.

Dyerberg J, et al. Bioavailability of n-3 fatty acids. In n-3 Fatty Acids: Prevention and Treatment in Vascular Disease, SD Kristensen, EB Schmidt, R DeCaterina and S Endres, eds. Bi and Gi Publishers, Verona—Springer Verlag, London pp. 217-26, 1995.

Dyerberg J, et al. Bioavailability of marine n-3 fatty acid formulations. Prostaglandins, Leukotrienes and Essential Fatty Acids 83:137-141, 2010.

West, Annette L., Graham C. Burdge, and Philip C. Calder. “Lipid structure does not modify incorporation of EPA and DHA into blood lipids in healthy adults: a randomised-controlled trial.” British Journal of Nutrition 116.5 (2016): 788-797.

Sadovsky R, et al. Prescription omega-3 acid ethyl esters for the treatment of very high triglycerides. Postgrad Med 121:145-153, 2009.

Ackman RG. The absorption of fish oils and concentrates. Lipids 27:858-62, 1992.Breslow, JL. . Review: n-3 Fatty acids and cardiovascular disease. Am J Clin Nutr 83(s):1477s-82s, 2006.

domingo, 9 de julho de 2023

COMISSÃO APROVA O PROJETO QUE AUTORIZA A PRESCRIÇÃO DA OZONIOTERAPIA EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL

 Projeto de Lei nº 9001/2017

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou o Projeto de Lei nº 9001/2017, que autoriza a prescrição da ozonioterapia em todo o território nacional. O deputado Giovani Cherini (PL-RS) foi o relator da matéria.

Em seu parecer, o relator apresentou emenda de redação, substituindo uma locução prepositiva (“através de”), por expressão mais adequada (“por meio de”). No mais, o parecer aprovado é pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da matéria e do substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família.

O substitutivo define que a realização da ozonioterapia como procedimento de caráter complementar poderá ser realizado por profissional de saúde de nível superior inscrito em seu conselho de fiscalização profissional e só poderá ser aplicada através de equipamento de produção de ozônio medicinal devidamente regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ou órgão que a substitua. Além disso, define que o profissional responsável pela aplicação deve informar ao paciente que o procedimento possui caráter complementar. No texto ela informa que já foram realizados vários debates sobre o tema, e o próprio Ministério da Saúde introduziu a terapia no SUS, e não retirou até o momento, reconhecendo como procedimento complementar. Ressaltou que o texto busca garantir a segurança e a regulamentação da atividade, para que a prática não aconteça por profissionais sem nível superior, e por aparelho que não esteja autorizado pela ANVISA.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

OZONIOTERAPIA


 





OZONIOTERAPIA

 Ozônioterapia

O objetivo da ozonioterapia é melhorar a oxigenação dos tecidos e também fortalecer o sistema imunológico por meio de mecanismos celulares em resposta a um estresse oxidativo. Portanto, a ozonioterapia poderia ser aplicada para melhorar a circulação, a oxigenação sanguínea e aumentar as ações anti-inflamatórias e antissépticas.

O ozônio trata mais de 230 tipos de doenças.

Doenças virais, como hepatite e herpes. Feridas de origem vascular, arterial ou venosas, úlceras diabéticas e por insuficiência arterial. Queimaduras de diversos tipos. Hérnias de disco, protrusão discal e dores lombares.

OZÔNIO TEM A FUNÇÃO PROTEGER A VIDA

Formando uma camada protetora que age como um filtro da energia ultravioleta (UV), o ozônio é um dos gases mais importantes na estratosfera que cerca a Terra.

A COMPOSIÇÃO DO GÁS OZÔNIO

O ozônio é a forma triatômica do oxigênio, enquanto este último é normalmente encontrado em sua forma diatômica (O2). O ozônio forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem e os átomos separados combinam-se individualmente com outras moléculas de oxigênio.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS

Pode ser formado naturalmente, pela ação dos raios UV ou pelos geradores de ozônio, que convertem O2 em O3. O ozônio (O3) é um gás bastante reativo e altamente instável; ou seja, logo se recompõe a oxigênio (O2).

OZONIOTERAPIA AO REDOR DO MUNDO

Os países Suíça, Áustria, Estados Unidos e Austrália são alguns exemplos de como o estudo do Ozônio Medicinal pode ser benéfico para toda a população.

Só na Alemanha, as evidências científicas se acumulam através de testes em milhões de pacientes! Desde 1972, a Sociedade Médica Alemã Para Ozonioterapia promove pesquisas, cursos e congressos sobre o assunto.

Em toda a Europa, são 1500 médicos atuantes na pesquisa deste tema, sendo que o governo da Itália já alcança taxas de recuperação de até 95% em enfermidades como hérnia de disco.

É por esta característica universal que a Ozonioterapia se destaca: os médicos a recomendam, principalmente, como tratamento complementar, a fim de garantir resultados rápidos, seguros e com pouco impacto sobre o bem-estar dos pacientes.

Além desta visão, países como Cuba provam que a técnica é também promissora enquanto terapia principal. É o que apontam diversos casos reportados em seus quase quarenta Centros Médicos Clínicos de Ozonioterapia.

Seja como tratamento central ou terapia secundária, sobram estudos sobre a eficiência e as possibilidades de aplicação da técnica. No Brasil, infelizmente, esta realidade ainda caminha devagar!

Todos os estudos que já foram realizados aqui conquistaram resultados promissores – Dentistas, inclusive, já utilizam a técnica em inúmeros procedimentos e enfermeiros já foram instruídos sobre a sua aplicação externa.

BENEFÍCIOS DA OZONIOTERAPIA

Além da melhora da qualidade de vida que a Ozonioterapia traz para as pessoas, o método possui ação germicida contra 100% das bactérias e não induz resistência bacteriana, como pode ocorrer com os antibióticos.

Entre os principais benefícios para o organismo, estão:

Liberação de óxido nítrico (vasodilatação)

Modulação do sistema imunológico

Otimização da drenagem linfática

Efeito lipolítico

Liberação de fatores de crescimento, ou regeneração

Efeito germicida (bactericida, fungicida e viricida)

Regulação do metabolismo e das funções hepática, renal e tireoidiana

Estímulo da síntese de enzimas antioxidantes intracelulares

Melhora da liberação de oxigênio nos tecidos, além da reologia

Modulação da cascata inflamatória

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

ZINCO

 O zinco é um mineral fundamental para diversas funções do organismo, sendo usado como componente para a produção de mais de 300 enzimas envolvidas na manutenção de importantes vias metabólicas - atua na formação de proteínas, participam da formação do DNA e RNA das células.

Esse micronutriente tem participação direta no sistema imunológico, atuando na maturação das células de defesa (linfócitos) e na sinalização de "invasores" (vírus e bactérias, por exemplo). Também tem importante função anti-inflamatória e antioxidante, combatendo radicais livres que levam ao envelhecimento das células, mantem as funções do cérebro e melhora a cicatrização de feridas.

Por participar da produção de colágeno, também está relacionado com o processo de cicatrização da pele. Sem contar que tem um importante papel na síntese proteica para gerar o ganho de massa muscular. Já na parte hormonal, o zinco atua no funcionamento da tireoide e na regulação da testosterona e da insulina.

Este micronutriente ainda apresenta uma estreita relação com a produção do GH (hormônio do crescimento), tanto que a sua deficiência pode impactar no crescimento das crianças, levando à baixa estatura.

Está envolvido nos processos de diferenciação celular, sendo um nutriente essencial nos processos de divisão e multiplicação das células saudáveis e inclusive na morte das deficientes - atuando na morte de células cancerígenas.

As principais fontes de zinco são os alimentos de origem animal, como ostras, carne bovina e vísceras, como fígado e coração. Esse mineral também está presente em alimentos de origem vegetal, como cereais integrais, leguminosas e oleaginosas.

A gravidez, doença de Crohn ou cirurgia bariátrica, podem causar a deficiência de zinco no organismo. Nesses casos, o uso de suplementos como zinco quelado ou óxido de zinco, pode ser recomendado por um naturopata, médico ou nutricionista.


Benefícios do zinco para a saúde

Os principais benefícios do zinco para a saúde são:

1. Fortalece o sistema imunológico

O zinco fortalece o sistema imunológico, porque participa no desenvolvimento e manutenção das funções de interleucinas, macrófagos e linfócitos T e B, células que protegem o organismo contra doenças causadas por vírus, bactérias e fungos.

2. Ajuda na prevenção da diabetes

O zinco participa na produção, armazenamento e liberação no organismo da insulina, o hormônio responsável por equilibrar os níveis de glicose no sangue, ajudando na prevenção da resistência à insulina e diabetes tipo 2.

3. Melhora a cicatrização

Por possuir ação antioxidante e anti-inflamatória, o zinco melhora a cicatrização de feridas de cirurgias e do pé diabético[1], pequenas feridas e úlceras que podem surgir nos pés de pessoas com diabetes não controlada e que podem causar infecções. O zinco também melhora a cicatrização, porque participa da produção e melhora a adesão do colágeno na pele, que é uma proteína responsável por garantir firmeza e dar elasticidade à pele.

4. Mantém a saúde da pele

O zinco mantém a saúde da pele, porque combate o excesso de radicais livres no organismo, um dos responsáveis por danificar as células saudáveis da pele, prevenindo o envelhecimento precoce. O zinco participa da produção de colágeno, evitando o surgimento de rugas e flacidez na pele.

5. Promove o aumento de massa muscular

Participa da produção de testosterona, o hormônio que estimula o rendimento e a força física, promovendo a manutenção ou aumento de massa muscular no homem e na mulher.

6. Melhorar a memória

Participa da manutenção das funções cognitivas, além de proteger as células do sistema nervoso contra os radicais livres, melhorando a memória, a atenção, o foco e o processo de aprendizado.

7. Ajuda no tratamento de espinhas

Por possuir propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes, o zinco ajuda no tratamento e cicatrização de espinhas. Por isso, esse mineral pode ser recomendado, na forma de suplemento, para complementar o tratamento da acne.

8. Atua no desenvolvimento do bebê

O zinco é um nutriente utilizado pelo organismo em fases de rápido crescimento, sendo importante para a formação e desenvolvimento do bebê durante a gestação, assim como para o crescimento de crianças e adolescentes.

9. Fortalece os cabelos

O zinco possui função estrutural para o crescimento, desenvolvimento e reparo dos fios, fortalecendo e evitando a queda de cabelos.

Quantidade recomendada

Uma revisão de estudos publicada no Journal of Trace Elements in Medicine and Biology indica que as mulheres consumam por meio da alimentação 7 mg a 10 mg de zinco ao dia, enquanto os homens de 11 mg a 16 mg ao dia.

A recomendação diária de zinco varia de acordo com a fase da vida, a idade e o sexo.

Já as crianças têm uma variação de acordo com a faixa etária:

- 0 a 4 meses

- 1,5 mg/dia 4 a 12 meses

- 2,5 mg/dia 1 a 4 anos

- 3 mg/dia 4 a 7 anos

- 4 mg/dia 7 a 10 anos

- 6 mg/dia 10 a 13 anos

- 9 mg/dia (meninos) e 8 mg/dia (meninas) 13 a 15 anos

- 12 mg/dia (meninos) e 10 mg/dia (meninas) 15 a 19 anos

- 14 mg/dia (meninos) e 11 mg/dia (meninas).

Na gravidez e lactação:

- 1º trimestre - 9 mg/dia

- 2º e 3º trimestre - 11 mg/dia

- Lactação - 13 mg/dia

Alimentos fonte de zinco

Os alimentos fonte de zinco são principalmente os de origem animal, como ostras, carne bovina, frutos do mar e vísceras, como fígado e coração. Além disso, alguns alimentos de origem vegetal que também contêm zinco são oleaginosas, cereais integrais e leguminosas.

O que pode interferir na absorção de zinco

A quantidade de zinco absorvida no organismo pode ser afetada por alguns fatores, que podem ser nutricionais ou relacionados a doenças intestinais, como diarreia e doença celíaca.

O zinco proveniente dos alimentos de origem vegetal é mais difícil de ser absorvido no intestino devido à presença de ácido fítico. Além disso, os alimentos processados possuem uma grande perda de zinco, como é o caso dos cereais refinados, sendo importante consumir os integrais. Por outro lado, os alimentos ricos em zinco de origem animal conseguem melhor absorção a nível intestinal, já que possuem proteínas que facilitam a sua absorção.



[1] O pé diabético é um conjunto de alterações que surgem nos pés de pessoas com diabetes não controlado. Normalmente, o pé diabético começa por surgir como pequenas feridas e úlceras que demoram para cicatrizar e que, por isso, podem causar infecções, aumentando o risco de amputação.


SELÊNIO

 O selênio é um mineral com alto poder antioxidante que ajuda a prevenir doenças crônicas e a fortalecer o sistema imunológico, além de proteger contra problemas cardíacos.

O selênio é encontrado no solo e está presente na água, e pode ser encontrado em vários alimentos, como a castanha-do-pará, a farinha de trigo, o pão ou a gema de ovo, sementes de girassol e frango.

Por estar facilmente disponível na alimentação, o uso de suplementos de selênio poderá feito com orientação de um naturopata, médico ou nutricionista, já que o excesso de selênio no corpo pode trazer riscos para a saúde.

A quantidade recomendada de selênio para um adulto é de 55 microgramas por dia, e o seu consumo adequado é importante para funções como fortalecer o sistema imunológico e manter uma boa produção dos hormônios da tireoide.

Para que serve o selênio

O consumo de selênio traz vários benefícios para a saúde como:

1. Atuar como antioxidante

O selênio é um poderoso antioxidante que ajuda a reduzir a quantidade de radicais livres no organismo. Esses radicais livres são formados naturalmente durante o metabolismo corporal, mas podem causar danos como inflamação, alterações no funcionamento das células e envelhecimento.

Pessoas que fumam, consomem bebidas alcoólicas regularmente e que vivem sob muito estresse acabam produzindo uma maior quantidade de radicais livres, tendo uma necessidade maior de consumir nutrientes antioxidantes.

2. Prevenir o câncer

Por ser antioxidante, o selênio protege as células contra alterações no seu DNA que levam à produção de tumores, sendo importante para prevenir principalmente os cânceres de pulmão, mama, próstata e cólon.

3. Prevenir doenças cardiovasculares

O selênio reduz a quantidade de substâncias inflamatórias no organismo e aumenta a quantidade de glutationa, um poderoso antioxidante no organismo. Essas ações reduzem a oxidação do colesterol ruim nos vasos sanguíneos, que quando acontece acaba produzindo as placas de ateroma, que entopem as artérias e causam problemas como infarto, ACV e trombose.

4. Melhorar a saúde da tireoide

A tireoide é o órgão que mais armazena selênio no organismo, pois ele é essencial para manter uma boa produção dos seus hormônios. A deficiência de selênio pode levar a problemas como a tireoidite de Hashimoto, um tipo de hipotireoidismo que ocorre porque as células de defesa passam a atacar a tireoide, reduzindo o seu funcionamento.

5. Fortalecer o sistema imunológico

Quantidade adequada de selênio no organismo ajuda a reduzir a inflamação e a melhorar o sistema imunológico, ajudando inclusive pessoas com doenças como HIV, tuberculose e hepatite C a terem mais imunidade contra doenças oportunistas.

6. Ajudar na perda de peso

Por ser importante para o bom funcionamento da tireoide, o selênio ajuda a prevenir o hipotireoidismo, doenças que acaba deixando o metabolismo mais lento e favorecendo o ganho de peso.

Além disso, o excesso de peso aumenta a inflamação no organismo, o que desregula também a produção de hormônios da saciedade. Assim, por atuar como anti-inflamatório e antioxidante, o selênio também ajuda a reduzir as alterações hormonais ligadas ao excesso de gordura, o que favorece o emagrecimento.

7. Prevenir o Alzheimer

Por atuar como antioxidante, o selênio ajuda a prevenir e a reduzir o avanço de doenças como Alzheimer, mal de Parkinson e esclerose múltipla.

Esse benefício é ainda maior quando o selênio é consumido a partir de alimentos fontes de gorduras boas, como a castanha-do-pará, gema de ovo e frango.

Quando tomar suplemento de selênio

Em geral, a maior parte das pessoas que tem uma alimentação variada obtém as quantidades recomendadas de selênio para manter a saúde, mas em alguns casos a sua deficiência é mais comum, como em pessoas com HIV, doença de Crohn e pessoas que são alimentadas através de soros nutritivos injetados diretamente na veia.

Nestes casos, o naturopata, o médico ou o nutricionista pode prescrever o uso de suplementos de selênio.

Riscos do excesso de selênio

O excesso de selênio no organismo pode causar problemas graves como falta de ar, febre, náuseas e mau funcionamento de órgãos como fígado, rins e coração. Quantidades muito elevadas podem inclusive levar à morte, e por isso sua suplementação só deve ser feita segundo orientação do naturopata, médico ou do nutricionista.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

PICOLINATO DE CROMO

É um suplemento alimentar indicado para quem tem deficiência do mineral, mas também é associado a diversos benefícios, como controle da insulina, perda de peso e aumento da massa magra. O cromo é um mineral encontrado em alimentos como carne, ovo, cenoura, batata, brócolis, grãos, entre outros. Já seu suplemento é orgânico e contém em sua formulação química três resíduos do ácido picolínico que são ligados coordenadamente a um átomo de cromo. Quando associados, são absorvidos mais facilmente pelo organismo.

Para que serve o picolinato de cromo?

Foi desenvolvido principalmente para quem tem uma carência de cromo no organismo. Mas também a substância também foi associada a diversos benefícios questionáveis. Um deles é controle da insulina. A relação faz sentido: quando há falta desse mineral na dieta, o açúcar é absorvido de forma mais rápida pelo organismo, aumentando a vontade por doces, pães e massas, por exemplo. Isso aumenta os riscos do ganho de peso e de desenvolver diabetes do tipo 2. Entretanto, há pouca evidência na literatura sobre o uso do suplemento para esse fim. O composto também é associado ao aumento de massa muscular.

Um estudo feito com 38 jogadores de futebol mostrou que os que ingeriram o suplemento tiveram um aumento de músculo, em comparação com quem tomou placebo. Além disso, há estudos relacionando o consumo à perda de peso. Mas, assim como no caso para quem tem diabetes, faltam evidências. Uma revisão de estudos publicada na Revista Brasileira de Nutrição Esportiva em 2016, por exemplo, foi dura com a eficácia do suplemento de cromo: além de não se mostrar eficiente como suplemento dietético, "os estudos retrospectivos disponíveis até o momento oferecem pouco respaldo para o uso, haja vista a pouca eficácia sobre os indivíduos analisados com a suplementação na promoção do ganho de massa muscular, perda de gordura corporal ou melhoras em parâmetros bioquímicos como foi visto por métodos de análise sobre indivíduos diabéticos e não diabéticos", disseram os autores.

Qual a função do cromo no organismo?

O cromo é um mineral essencial que participa ativamente do metabolismo de carboidratos, melhorando a tolerância à glicose. Dessa forma, poderia influenciar também no metabolismo proteico, promovendo maior estímulo da captação de aminoácidos e, consequentemente, aumentando a síntese proteica (processo por meio do qual as células biológicas geram novas proteínas).

O mineral faz ainda com que o carboidrato consumido seja aproveitado como fonte de energia e não fique armazenado sob a forma de gordura. Há algumas evidências sobre a função do cromo no metabolismo lipídico, as quais parecem estar relacionadas com o aumento das concentrações de lipoproteínas de alta densidade (HDL, ou colesterol "bom") e a redução do colesterol total e de lipoproteínas de baixa densidade (LDL, ou colesterol "ruim.

Quais alimentos contêm cromo?

O cromo é encontrado em alimentos de origem animal, vegetais, alimentos integrais e oleaginosas. Veja a seguir alguns deles:

Origem animal: frango, carnes, frutos do mar, ovos, leite e derivados.

Frutas: uva, açaí, tomate, banana, maçã, laranja, ameixa.

Verduras e legumes: espinafre, brócolis, alho, cenoura, batata-inglesa, soja, milho, feijão. Alimentos integrais: pães, arroz, massas, açúcar mascavo, farinha de trigo, levedura de cerveja. Grãos integrais: aveia, linhaça, chia.

Oleaginosas: castanha-do-pará.

Por que o picolinato de cromo é associado ao emagrecimento?

É preciso ter muito cuidado com essa associação. Alguns estudos tentaram mostrar os efeitos do suplemento de cromo em pessoas com sobrepeso e obesidade, porque o mineral atuaria na redução do apetite e aceleração do metabolismo, levando à queima de gordura e potencialização da ação da insulina.

Entretanto, mesmo com um pequeno efeito dos grupos suplementados com picolinato de cromo em relação à redução de peso, revisões de estudos não encontraram resultados confiáveis para a aplicação clínica da substância para indivíduos acima do peso. Grande parte dos ensaios clínicos foi de magnitude pequena, o que torna a relevância clínica questionável.

É importante dizer que nenhum alimento, ingrediente ou substância tem a capacidade de emagrecer isoladamente. Caso a suplementação do mineral seja necessária (lembre-se que ela deve ser sempre indicada por um profissional de saúde), o ideal é que ela seja combinada com a realização de atividades físicas e uma dieta equilibrada, elaborada por um nutricionista.

Qual a relação do picolinato de cromo com o aumento da massa muscular?

Segundo um artigo publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte em 2005, "o cromo poderia favorecer a via anabólica por meio do aumento da sensibilidade à insulina, que, por sua vez, estimula a captação de aminoácidos e, consequentemente, a síntese proteica, aumentando a resposta metabólica adaptativa decorrente do próprio treinamento". Isso poderia acarretar em aumento do componente corporal magro devido ao ganho de massa muscular. Entretanto, de novo, não há evidência suficiente na literatura para comprovar que o suplemento funcionaria para este fim.

Como tomar e qual a recomendação diária?

O uso do suplemento deve ser feito somente com prescrição e indicação médica ou de nutricionista. De maneira geral, a orientação inicial é a ingestão de uma cápsula por dia antes de uma das refeições principais, devendo a duração do tratamento ser indicado pelo profissional de saúde.

Quanto ao cromo, a OMS (Organização Mundial de Saúde) não estabelece um valor seguro exato para a ingestão. Mas diz-se que uma ingestão segura do mineral recomendada é de 50 a 200 mcg/dia — isso contando alimentação e suplementação.

Quais os principais efeitos colaterais do excesso mineral?

São desconhecidos efeitos colaterais concretos da elevada ingestão de cromo — alcançando até 800 mcg/dia — bem como sua toxicidade. Mas já foram relatados casos de dificuldade em se concentrar e pensar, problemas de equilíbrio e coordenação, cansaço, perda de apetite, urina escura, icterícia, cefaleia, insônia, diarreia, náuseas, vômitos, anemia e problemas no fígado.

Fonte: Amanda Mendes, nutricionista do Hospital Universitário Onofre Lopes de Natal (RN); Dan Waitzberg, nutrólogo do Hospital Santa Catarina de São Paulo (SP); Giovana Castilho, nutróloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo (SP).

PICOLINATO DE CROMO

O picolinato de cromo é um suplemento nutricional indicado para auxiliar no tratamento da diabetes ou da resistência à insulina, pois possui ácido picolínico e cromo na sua composição, que ajudam a regular os níveis de glicose e insulina no sangue.

Além disso, esse suplemento pode ajudar a reduzir o apetite e a compulsão alimentar, podendo favorecer a perda de peso, devendo ser usado com indicação do médico ou do nutricionista, associado à prática de exercícios físicos e a uma dieta balanceada.

O picolinato de cromo pode ser comprado na forma de cápsulas, em farmácias, drogarias, ou lojas de produtos naturais, e deve ser utilizado somente com indicação do nutricionista ou do médico, que irá orientar a dose e a forma como esse suplemento deverá ser consumido.

Para que serve

O picolinato de cromo é indicado em caso de carência de cromo no organismo. No entanto, alguns estudos demonstraram que esse suplemento também poderia ter diversos outros benefícios para a saúde, podendo ser utilizado para:

Regular os níveis de açúcar no sangue;

Auxiliar no tratamento da diabetes ou resistência à insulina;

Regular os níveis de colesterol ruim e triglicerídeos;

Prevenir doenças do coração;

Diminuir a fome e a compulsão alimentar;

Melhorar o metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras;

Aumentar a massa muscular.

Embora tenha benefícios para a saúde, ainda são necessários mais estudos científicos que comprovem os benefícios do picolinato de cromo. Por isso, o uso desse suplemento deve ser feito somente com orientação do médico ou do nutricionista.

Como tomar

O picolinato de cromo deve ser tomado por via oral, com um copo de água, de preferência antes de uma das refeições principais.

A dose normalmente recomendada é de 1 cápsula por dia, devendo a duração do tratamento ser indicada pelo profissional de saúde.

Alguns estudos científicos indicam que a duração do tratamento depende do objetivo do uso do suplemento, podendo variar entre 4 semanas e 6 meses. A dose utilizada também é variável, podendo ser indicada 25 a 1000 mcg por dia.

 

No entanto, é recomendado que a dose de cromo diária esteja entre 50 a 300 mcg, porém no caso dos atletas, pessoas com excesso de peso ou obesidade, ou quando o suplemento é utilizado para baixar o colesterol e os triglicerídeos, pode-se recomendar o aumento da dose para 100 a 700 mcg por dia, por cerca de 6 semanas, conforme orientação médica.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com o picolinato de cromo são dor de cabeça, insônia, diarreia, náusea, dor de estômago, vômitos, problemas de fígado e anemia. No entanto, este suplemento é na maioria das vezes bem tolerado, sendo que a ocorrência de efeitos colaterais é pouco frequente.

É importante que as pessoas diabéticas falem com seu médico antes de utilizar esse suplemento, já que pode ser necessário fazer ajuste da dose do hipoglicemiante, além de, nesses casos, também ser necessário controlar os níveis de glicemia durante o período de uso do suplemento, de forma a evitar crises de hipoglicemia.

Quem não deve usar

O picolinato de cromo não deve ser usado por crianças com menos de 12 anos ou por pessoas que tenham insuficiência renal, doença grave no fígado, problemas na tireoide, ou por pessoas que estejam em tratamento com corticoides, como fluticasona, prednisona, prednisolona ou beclometasona, por exemplo.

Além disso, esse suplemento não deve ser usado por pessoas que tenham alergia ao ácido picolínico, ao cromo, ou qualquer outro componente da fórmula.

O uso do picolinato de cromo também não é recomendado para mulheres grávidas ou em amamentação, pois não se sabe se pode prejudicar o feto ou bebê, devendo nesse caso ser usado somente se recomendado pelo médico.