sexta-feira, 2 de março de 2012

ANTROPOSOFIA


Antroposofia (palavra derivada do grego anthropós, homem, e sophia, sabedoria) é uma filosofia de vida que reúne os pensamentos científico, artístico e espiritual numa unidade e que responde às questões mais profundas do homem moderno sobre si mesmo e sobre suas relações com o universo.
Elaborada no início deste século pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), a Antroposofia é um método de conhecimento que aborda o ser humano em seus níveis físico, vital, anímico e espiritual, e mostra como essas naturezas, absolutamente distintas entre si, atuam em constante inter-relação.
Trata-se de uma Ciência que se interessa pelos processos físicos abordados pelas ciências naturais e também por todos aqueles processos que não podem ser materialmente mensuráveis. Esta abrangente e organizada compreensão do ser humano e de suas relações com o Cosmos trouxe um substancial enriquecimento a todos os campos práticos da sociedade, contribuindo, com suas descobertas, para uma vida humana mais íntegra.
A Antroposofia chegou ao Brasil, mais especificamente ao Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, com os imigrantes europeus no começo do século. Em São Paulo, o movimento cresceu e consolidou-se, passando então a permear e a orientar diversas atividades profissionais.
A colaboração de cientistas, artistas, médicos, educadores, agricultores, sociólogos e outros profissionais das mais diversas áreas que se orientam pelos princípios antroposóficos, tem fortalecido e aumentado a abrangências do movimento, que propões recriar o conhecimento científico atual com uma visão artística, espiritual e mais humanizada.
Nos anos 90, a ciência vem se aproximando do que Rudolf Steiner chamou de “a compreensão mais elevada das coisas”. As questões tratadas pela Antroposofia foram oficialmente enunciadas no meio científico a partir de 1986, pela UNESCO, no Congresso de Veneza, onde foi apontada a defasagem entre os avanços tecnológicos e a qualidade de vida das pessoas e da sociedade no planeta. Em 1994 houve o I Congresso Mundial de Multidisciplinaridade, coordenado pelo sociólogo Edgar Morin, pelo artista Lima Freitas e pelo físico Nicolesu, onde se discutiu a necessidade de o homem contemporâneo encontrar novas bases espirituais para a vida. Podemos reconhecer nestes novos fundamentos os anseios essenciais da concepção antroposófica de Ciência, Cultura e do homem.

OS PREJUÍZOS QUE O AÇÚCAR FAZ AO ORGANISMO


Volto aqui a falar sobre o açúcar, pois as pessoas mesmo em processo de desintoxicação em um tratamento de saúde insistem em consumir açúcar em seus preparos, chás, vitaminas, etc. Posso afirmar que isto não é necessário. Há 300 anos atrás a civilização não usava aditivos doces na sua dieta diária. Os povos antigos não tinham conhecimento deste aditivo doce que se tornou inseparável do ser humano. O mel era usado raramente, como remédio.
A história prova que o açúcar é desnecessário como alimento. Foi só a partir dos dois últimos séculos que o açúcar começou a ser produzido em larga escala e ser consumido de forma cada vez mais intensa. Cada vez mais purificado, o açúcar de cana (ou beterraba) se transformou em sacarose branca. Um pó branco.

Hoje a civilização atual é consumidora de milhares de toneladas diárias de açúcar. O açúcar refinado é o resultado de um processamento físico-químico que extrai da garapa a sacarose purificada e anidra, usando e adicionando produtos químicos como: clarificantes, antiumectantes e agentes de moagem. Aditivos químicos, sintéticos, muitas vezes cancerígenos e/ou danosos à saúde.
O açúcar refinado deve ser considerado como um produto quimicamente ativo, pois se trata de uma substância resultante de um processo de purificação, um concentrado. Do xarope inicial, além de evaporado, são retiradas fibras, proteínas, sais minerais, vitaminas, impurezas etc. O produto final é a sacarose concentrada a mais de 90%, um carboidrato de elevado poder calórico e de liberação de glicose no sangue. Um alimento vazio de nutrientes, ou melhor, dizendo, rico em aditivos e resíduos de um processo físico-químico, motivo pelo qual devemos considerar o açúcar como um não alimento, zero de energia vital, portanto, como na classificação do livro do Dr. Soleil – Você sabe se desintoxicar? - um alimento biocídico (bio = vida + cídico = que mata).

O corpo humano não necessita de açúcar refinado. O que ele realmente necessita é de glicose, ou seja, o tijolo básico dos carboidratos. Mas essa glicose pode ser facilmente obtida a partir de uma alimentação balanceada, onde frutas, cereais integrais, legumes e hortaliças são consumidos diariamente. Ao contrário do que dietas como a do Dr. Atkins e a de South Beach preconizam (quando evitam o consumo de carboidratos), a glicose é o principal combustível do ser humano, portanto é muito importante para o seu pleno metabolismo, quando gera energia de crescimento, regeneração, movimento, pensamento e manutenção. Assim, consumida da forma correta, de fontes naturais, que inclusive o organismo precisa digerir para obtê-la.

Mas, o slogan afirma: "açúcar é energia".
Entretanto, esta é uma citação enganosa, pois na verdade, o correto seria dizer que: “açúcar é uma injeção de glicose na veia, ou seja, superabundância de energia química concentrada”.
E aí reside o problema: açúcar refinado é sempre excesso de energia, acima das necessidades reais. E, uma vez ingerido, este excesso irá para alguns órgãos e sistemas, vejamos alguns problemas ocasionados pela ingestão de açúcar.
• Depósito de gordura corporal nas vísceras, órgãos, sistemas...
• Maior demanda de energia metabólica (estresse metabólico) para contornar as desarmonias energéticas geradas;
• Envelhecimento precoce, pois a célula só usa o que necessita, todo o resto passa a ser um "estorvo" metabólico;
• Estímulo excessivo do pâncreas;
• Depressão do sistema imunológico, incluindo problemas como doenças repetitivas;
• Desmineralização orgânica, incluindo problemas de anemia, dentes e ossos;
• Subnutrição pela depressão de enzimas digestivas, portanto pobre aproveitamento e fixação de nutrientes;
• Problemas digestivos, gases, constipações, entre outras coisas.

Ao se consumir um produto extremamente concentrado, isolado, será exigido do organismo uma compensação química. Ou seja, serão eliminados, cálcio e magnésio do metabolismo e das reservas. Então, indiretamente, o açúcar "rouba" do organismo depósitos destes minerais, e esta carência de cálcio, magnésio e ferro aumenta quanto maior a ingestão de açúcar. Podemos afirmar então que o açúcar é descalcificante, desmineralizante, desvitaminizante, um agente de desarmonização metabólica. Açúcar não é "alimento", mas um "antinutriente".

Lembramos que no consagrado livro de Willian Dufty - Sugar Blues - ele considera o açúcar como uma "droga doce e viciante que dissolve os dentes e os ossos de toda uma civilização".
E o pior, seus efeitos são como o de uma verdadeira droga, lentos, acumulativos e insidiosos, vão minando a saúde dia após dia, ano após ano.

Importante lembrar que todo alimento classificado como carboidrato ou energético, dos quais destacamos os cereais e suas farinhas, as frutas, os legumes e as verduras, são assim denominados porque se transformam em glicose durante seu processo digestivo.

Portanto, numa alimentação balanceada e consciente, esta é a rota energética natural de mantemos as necessidades bioquímicas do corpo. Isso explica por que povos antigos não necessitavam de açúcar extra.

Assim, se levarmos em conta que não necessitamos de açúcar extra, tudo o que se consome de açúcar nestes três últimos séculos é excessivo, exagerado, muito além do que o organismo necessita.

O mais importante é entender que a alimentação natural, sem aditivos doces, contém quantidades suficientes de glicose e energia. Não são necessários aditivos adoçantes nem açúcar.
Já que não podemos eliminar totalmente o açúcar existe a possibilidade de consumo do açúcar mascavo ou demerara ou ainda mel de abelha, podemos fazer uso do adoçante natural stevita.  

E, como estamos falando de uma droga, quem consome muito açúcar torna-se um dependente orgânico, e quanto mais intoxicado, mais deseja açúcar, mais sedentário, porque tende a ter menos força física, emocional e mental. Grandes consumidores de açúcar geralmente são fracos, astênicos, e acreditam que não podem fazer nada sem consumir um pouco de doce.

O Brasil, um dos maiores produtores de açúcar do mundo, tem um problema cultural, pois sua economia iniciou-se pelo cultivo da cana. Infelizmente, o brasileiro consome cerca de 200 gramas de açúcar/dia. Por extensão são cerca de 6 quilos/mês ou 72 quilos/ano.

Portanto, a cada 13 anos a pessoa consome 1 tonelada de açúcar. Então um cidadão brasileiro de 40 anos já fez passar pelo seu organismo algo como 3 toneladas de açúcar.

Adaptação "Relatório Orion" - Dr. Márcio Bontempo - L&PM Editores.