Plantas
para substituir o paracetamol e o ibuprofeno.
No
mundo todo, hoje em dia, há um excesso de uso de medicamentos - para baixar a
febre, reduzir as dores, diminuir os processos inflamatórios, são os principais
sintomas que incomodam as pessoas, ou que as assustam. Dentre esses, os mais
conhecidos são o paracetamol e o ibuprofeno, que já caracterizam uma geração de
dependência.
O
pior é que esses sintomas, incômodos, é verdade, indicam processos naturais de
cura do nosso organismo. A febre, já se sabe, indica a reação positiva do
sistema imunológico na sua luta contra micróbios que causam doenças.
E baixar a
febre, só por baixar, não é nada benéfico para essa luta natural do nosso
corpo. As inflamações são, nada mais nada menos, do que outra reação benéfica
do organismo - quando há uma lesão, o corpo joga linfa (líquido) na região
para, com ela, aumentar o número de glóbulos brancos, os guerreiros da nossa
saúde. Reduzir a inflamação com um químico pode até diminuir o incômodo na
região mas não colabora em nada com a cura. Só o descanso, a boa alimentação e
hidratação, o uso de algumas ervas já consagradas há milênios, já seriam o
suficiente para ajudar no processo de cura.
Você
sabe, antigamente se dizia, “bom senso e canja de galinha” com 7 dias de
descanso, é a cura para muitos dos incômodos que sentimos, de viroses (gripes)
a entorses.
Mas,
quem é que tem os tais 7 dias para descansar e se recuperar naturalmente? Não,
ninguém tem, sabemos disso. Somos hoje reféns de um sistema econômico que não
valora a vida humana. Somos peças de um xadrez que é jogado até a nossa
extenuação total.
Mas,
sempre é possível a gente mudar essa realidade, não?
Uma
das formas de cuidar da nossa saúde é conhecendo ervas que nos possam ajudar.
Dentre essas ressaltamos aqui algumas:
1. Gengibre
Vários
estudos realizados na Universidade de Odense, na Dinamarca, apontam que o
gengibre (Zinziber officinale) tem efeitos anti-inflamatórios superiores aos do
ibuprofeno, fármaco não esteroide dos mais usados.
Gengibre
é antibiótico, anti-inflamatório, acalma o sistema digestivo, eficaz no
controle de náuseas e vômito, acalma a dor de cabeça e a enxaqueca, estimula o
sistema imunológico, protege o cólon contra as lesões cancerosas, elimina as
células cancerígenas no câncer de ovário, ajuda em processos de desintoxicação
alimentar, alivia a dor da artrite, osteoporose e muscular, alivia os sintomas
de inflamação, protege contra a formação de úlceras estomacais, seu uso é
benéfico no combate das doenças arteriais coronarianas. Muitos outros usos são
relatados na literatura fitoterápica.
2. Cúrcuma
A
cúrcuma (Curcuma longa) é usada há 4 mil anos e se sabe que possui propriedades
antitumorais, antioxidantes, antiartríticas, anti-inflamatórias, antivirais,
antibacterianas, antifúngicas. Segundo uma publicação do Advanced Experimental
Medical Biology (2007) “A cúrcuma tem potencial contra diversas doenças como
diabetes, alergias, artrites, mal de Alzheimer e muitas outras doenças
crônicas”.
3. Salgueiro-branco
Do
salgueiro branco (Salix alba) usa-se a casca como analgésico, anti-inflamatório,
antipirético, anticoagulante, calmante, adstringente e desintoxicante.
Comumente é usado em tratamentos de dores de cabeça e enxaqueca (junto com
unha-de-gato e anis-estrelado, para suavizar seu sabor amargo), dores
menstruais, ciática, fibromialgia, dores musculares e reumáticas. Também pode
ser usado como sedativo natural pois seu chá promove o sono. Em uso tópico, é
usado para tratar calos e verrugas, queimaduras e feridas, infecções de pele,
infecções bucais, inflamação da garganta. Tem efeito semelhante à aspirina em
casos de febre gripal, sem causar rejeição estomacal. Estes são apenas alguns
dos usos do salgueiro, cujo princípio ativo é a salicilina.
É
um poderoso anti-inflamatório, eficaz para tecidos e terminações nervosas,
descongestionante, bactericida, antimutagênico e citostático útil nos
tratamentos de tumores cancerígenos, desintoxicante renal e intestinal, promove
a cura em casos de diverticulite, colite, hemorroidas, fístulas, gastrite e
úlceras. Cura parasitoses, desequilíbrios da flora intestinal e doença de
Crohn. Alivia alergias químicas e de pólen, bronquites e asma. Como antiviral,
já demonstrou sua eficácia em herpes genital, herpes zoster e aids. Inibe a
coagulação e estimula o sistema imunológico.
A
unha-de-gato medicinal pertence a duas espécies, Uncaria tomentosa e Uncaria
guianensis, trepadeiras lenhosas de ocorrência na floresta Amazônica e outras
áreas tropicais da América do Sul e Central. Estes são medicamentos muito
usados na América Latina, em comunidades indígenas e camponesas. A Uncaria
guianensis apresenta também efeito antitumoral. É importante que não se
confunda com a planta ornamental Ficus pumila também chamada de unha-de-gato,
que é tóxica.
5. Boswellia
Esta planta é um potente anti-inflamatório
e muitos estudos demonstram sua eficácia em comparação com os anti-inflamatórios
não esteroides, como o ibuprofeno. A boswellia tem sido usada eficazmente em
casos de artrite reumatoide, asma, alergias, colite ulcerativa, doença de
Crohn, inchaço das articulações e rigidez matinal nos idosos, inibição de
células cancerosas.
6. Pimenta
O princípio ativo curativo da pimenta
(Capsicum spp.) é a capsaicina, uma resina oleosa. Tem poderosa ação analgésica
pois inibe a liberação do principal neurotransmissor dos estímulos de dor,
consequentemente, bloqueia a sua transmissão. O uso da pimenta aumenta a
liberação de endorfinas pela glândula pituitária e o hipotálamo. Também é
eficaz na redução dos níveis de lipídios no sangue e ajuda a manter equilibrado
os níveis de açúcar. A pimenta também ajuda na reparação e reconstituição dos
tecidos danificados, melhora as funções estomacais e intestinais e ajuda na
prevenção de várias formas de câncer. Também promove perda de peso já que tem a
capacidade de elevar a taxa metabólica do organismo. Pode ser usada topicamente
para aliviar a dor de neuropatias diabéticas, da osteoartrite e psoríase.
Muitas mais plantas
existem, muitas mais plantas a humanidade conhece pois, há milênios estas são
usadas na cura dos nossos males.