quarta-feira, 23 de novembro de 2022

ZINCO

 O zinco é um mineral fundamental para diversas funções do organismo, sendo usado como componente para a produção de mais de 300 enzimas envolvidas na manutenção de importantes vias metabólicas - atua na formação de proteínas, participam da formação do DNA e RNA das células.

Esse micronutriente tem participação direta no sistema imunológico, atuando na maturação das células de defesa (linfócitos) e na sinalização de "invasores" (vírus e bactérias, por exemplo). Também tem importante função anti-inflamatória e antioxidante, combatendo radicais livres que levam ao envelhecimento das células, mantem as funções do cérebro e melhora a cicatrização de feridas.

Por participar da produção de colágeno, também está relacionado com o processo de cicatrização da pele. Sem contar que tem um importante papel na síntese proteica para gerar o ganho de massa muscular. Já na parte hormonal, o zinco atua no funcionamento da tireoide e na regulação da testosterona e da insulina.

Este micronutriente ainda apresenta uma estreita relação com a produção do GH (hormônio do crescimento), tanto que a sua deficiência pode impactar no crescimento das crianças, levando à baixa estatura.

Está envolvido nos processos de diferenciação celular, sendo um nutriente essencial nos processos de divisão e multiplicação das células saudáveis e inclusive na morte das deficientes - atuando na morte de células cancerígenas.

As principais fontes de zinco são os alimentos de origem animal, como ostras, carne bovina e vísceras, como fígado e coração. Esse mineral também está presente em alimentos de origem vegetal, como cereais integrais, leguminosas e oleaginosas.

A gravidez, doença de Crohn ou cirurgia bariátrica, podem causar a deficiência de zinco no organismo. Nesses casos, o uso de suplementos como zinco quelado ou óxido de zinco, pode ser recomendado por um naturopata, médico ou nutricionista.


Benefícios do zinco para a saúde

Os principais benefícios do zinco para a saúde são:

1. Fortalece o sistema imunológico

O zinco fortalece o sistema imunológico, porque participa no desenvolvimento e manutenção das funções de interleucinas, macrófagos e linfócitos T e B, células que protegem o organismo contra doenças causadas por vírus, bactérias e fungos.

2. Ajuda na prevenção da diabetes

O zinco participa na produção, armazenamento e liberação no organismo da insulina, o hormônio responsável por equilibrar os níveis de glicose no sangue, ajudando na prevenção da resistência à insulina e diabetes tipo 2.

3. Melhora a cicatrização

Por possuir ação antioxidante e anti-inflamatória, o zinco melhora a cicatrização de feridas de cirurgias e do pé diabético[1], pequenas feridas e úlceras que podem surgir nos pés de pessoas com diabetes não controlada e que podem causar infecções. O zinco também melhora a cicatrização, porque participa da produção e melhora a adesão do colágeno na pele, que é uma proteína responsável por garantir firmeza e dar elasticidade à pele.

4. Mantém a saúde da pele

O zinco mantém a saúde da pele, porque combate o excesso de radicais livres no organismo, um dos responsáveis por danificar as células saudáveis da pele, prevenindo o envelhecimento precoce. O zinco participa da produção de colágeno, evitando o surgimento de rugas e flacidez na pele.

5. Promove o aumento de massa muscular

Participa da produção de testosterona, o hormônio que estimula o rendimento e a força física, promovendo a manutenção ou aumento de massa muscular no homem e na mulher.

6. Melhorar a memória

Participa da manutenção das funções cognitivas, além de proteger as células do sistema nervoso contra os radicais livres, melhorando a memória, a atenção, o foco e o processo de aprendizado.

7. Ajuda no tratamento de espinhas

Por possuir propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes, o zinco ajuda no tratamento e cicatrização de espinhas. Por isso, esse mineral pode ser recomendado, na forma de suplemento, para complementar o tratamento da acne.

8. Atua no desenvolvimento do bebê

O zinco é um nutriente utilizado pelo organismo em fases de rápido crescimento, sendo importante para a formação e desenvolvimento do bebê durante a gestação, assim como para o crescimento de crianças e adolescentes.

9. Fortalece os cabelos

O zinco possui função estrutural para o crescimento, desenvolvimento e reparo dos fios, fortalecendo e evitando a queda de cabelos.

Quantidade recomendada

Uma revisão de estudos publicada no Journal of Trace Elements in Medicine and Biology indica que as mulheres consumam por meio da alimentação 7 mg a 10 mg de zinco ao dia, enquanto os homens de 11 mg a 16 mg ao dia.

A recomendação diária de zinco varia de acordo com a fase da vida, a idade e o sexo.

Já as crianças têm uma variação de acordo com a faixa etária:

- 0 a 4 meses

- 1,5 mg/dia 4 a 12 meses

- 2,5 mg/dia 1 a 4 anos

- 3 mg/dia 4 a 7 anos

- 4 mg/dia 7 a 10 anos

- 6 mg/dia 10 a 13 anos

- 9 mg/dia (meninos) e 8 mg/dia (meninas) 13 a 15 anos

- 12 mg/dia (meninos) e 10 mg/dia (meninas) 15 a 19 anos

- 14 mg/dia (meninos) e 11 mg/dia (meninas).

Na gravidez e lactação:

- 1º trimestre - 9 mg/dia

- 2º e 3º trimestre - 11 mg/dia

- Lactação - 13 mg/dia

Alimentos fonte de zinco

Os alimentos fonte de zinco são principalmente os de origem animal, como ostras, carne bovina, frutos do mar e vísceras, como fígado e coração. Além disso, alguns alimentos de origem vegetal que também contêm zinco são oleaginosas, cereais integrais e leguminosas.

O que pode interferir na absorção de zinco

A quantidade de zinco absorvida no organismo pode ser afetada por alguns fatores, que podem ser nutricionais ou relacionados a doenças intestinais, como diarreia e doença celíaca.

O zinco proveniente dos alimentos de origem vegetal é mais difícil de ser absorvido no intestino devido à presença de ácido fítico. Além disso, os alimentos processados possuem uma grande perda de zinco, como é o caso dos cereais refinados, sendo importante consumir os integrais. Por outro lado, os alimentos ricos em zinco de origem animal conseguem melhor absorção a nível intestinal, já que possuem proteínas que facilitam a sua absorção.



[1] O pé diabético é um conjunto de alterações que surgem nos pés de pessoas com diabetes não controlado. Normalmente, o pé diabético começa por surgir como pequenas feridas e úlceras que demoram para cicatrizar e que, por isso, podem causar infecções, aumentando o risco de amputação.


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