Tipos,
vantagens, desvantagens e os possíveis riscos dos adoçantes para saúde.
Adoçantes
são produtos constituídos a partir de uma substância chamada edulcorante, que
tem capacidade de adoçamento maior do que o açúcar tradicional ou sacarose. Por
esta razão é possível utilizar quantidade mínimas do adoçante.
Antes
usados por pessoas com necessidades específicas, como os diabéticos, há muito
passaram a ser usados também por quem quer perder ou controlar o peso. Porém,
várias pesquisas já colocaram em dúvida a eficácia de diversos tipos de
adoçantes tanto no processo de emagrecimento quanto na saúde em geral de quem
os utiliza.
Os
adoçantes dividem-se em grupos de baixa ou nenhuma caloria (ou não-nutritivos)
e geralmente artificiais, e de calóricos (ou nutritivos) e naturais.
Tipos de adoçantes de baixa ou nenhuma caloria
Acessulfame-K
Foi
descoberto em 1967 e é um sal de potássio sintético produzido a partir de um
ácido da família do ácido acético. Seu sabor residual se assemelha ao da
glicose. É considerado totalmente seguro, e resiste ao tempo e a altas
temperaturas. Por isso é usado, entre outras coisas, em receitas de alimentos
que precisam ir ao fogo, como pães e bolos. Tem o poder adoçante entre 180 e
200 vezes maior do que o açúcar e é permitido para diabéticos, mas contra
indicado para pessoas com deficiências renais que precisam reduzir a ingestão
de potássio. Não contribui para a formação de cáries. Apesar de absorvido, não
é metabolizado pelo organismo, logo é eliminado tal como é ingerido.
Aspartame
É uma
exceção à regra. Apesar de calórico (4 kcal por grama), na dosagem recomendada
tem valor energético desprezível por causa do seu poder adoçante (que é 200
vezes maior do que o do açúcar comum). Logo, pode ser usado por diabéticos. Foi
descoberto em 1965 e é uma combinação de fenilalanina e ácido aspártico. O
sabor é bem semelhante ao do açúcar, e não deixa residual amargo. Mas é contra
indicado o uso por gestantes, lactentes e fenilcetonúricos (pessoas cujo
organismo não consegue metabolizar a fenilalanina). Também não deve ser
utilizado em alimentos quentes, pois perde o poder de adoçar e pode formar
substâncias tóxicas.
Ciclamato
É 30
vezes mais doce do que a sacarose e possui sabor semelhante, apesar de deixar
leve residual amargo. Foi descoberto em 1940, a partir de um derivado do
petróleo, o ácido ciclo hexano sulfâmico. Já esteve relacionado ao câncer, mas
hoje em dia é liberado em mais de 50 países. Geralmente é combinado com outros
adoçantes de baixa caloria para reduzir o valor calórico de alimentos e bebidas
populares, para assim diminuir a quantidade necessária de adoçante e acentuar o
sabor doce. É contra indicado para hipertensos e pessoas com problemas renais.
Sacarina
Possui
muitas semelhanças com o ciclamato: é um adoçante popular, também composto por
um derivado do petróleo (ácido sulfanoilbenzóico), não é recomendado para
hipertensos e é estável a altas temperaturas. Por deixar um residual além de
amargo, também metálico, geralmente é combinado a ele. Seu poder adoçante é entre
200 e 700 vezes maior do que o açúcar, e é utilizado em muitos produtos. Houve
um tempo em que vinha com um rótulo informando seus riscos cancerígenos, mas
hoje em dia já é permitido por mais de 100 países.
Sucralose
É
altamente resistente a altas temperaturas. É constituído a partir de uma
molécula modificada da sacarose, por isso possui estrutura semelhante à dela, e
pode ser até 600 vezes mais doce. É seguro, não apresentando efeitos tóxicos,
neurológicos, reprodutivos ou carcinogênicos. Como não é absorvido pelo
organismo, não afeta os níveis de glicose. Logo, pode ser consumido com
segurança por pessoas com diabetes. É um edulcorante um pouco mais caro do que
os outros.
Tipos de adoçantes calóricos
Frutose
É
encontrado principalmente nas frutas, mas pode ser extraído também em alguns
cereais, vegetais e no mel. Contra indicado para quem apresenta excesso de
triglicerídeos. Adoça cerca de 170 vezes mais do que o açúcar comum e possui
sabor semelhante, mas um pouco mais doce. Não deve ir ao fogo porque, apesar de
não perder o poder adoçante, derrete. Causa cáries.
Lactose
É
extraído do leite, por isso é contra indicado para quem possui alergia ao leite
ou seus derivados. É utilizado para reduzir a potencialização de outros
adoçantes. Pode apresentar efeito laxativo e perde o poder de adoçar quando vai
ao fogo. É 0,15 vezes mais doce do que a sacarose, e possui sabor semelhante.
Maltodextrina
É um
carboidrato de absorção gradativa, constituído a partir do amido de milho, e é
contra indicado para diabéticos por conter dextrose, glicose e vários açúcares.
Perde o poder adoçante em temperatura alta. Se misturado com outros
edulcorantes, encorpa a receita. É cerca de 1,5 vezes mais doce do que a
sacarose.
Manitol
É
encontrado em algas e vegetais e possui efeito laxativo se consumido em
excesso. É obtido a partir da redução da frutose. Não favorece o aparecimento
de cáries. É estável a altas temperaturas e utilizado somente industrialmente,
na produção de alimentos (geralmente associado ao sorbitol). Pode ser consumido
por diabéticos.
Sorbitol
É obtido
a partir da redução da glicose. Doses diárias acima de 70 gramas possuem efeito
diurético e laxativo. Pode ser consumido por diabéticos e não favorece a
formação de cáries. É misturado com outros edulcorantes para acentuar o brilho
e a viscosidade de certas receitas. Possui o sabor um pouco mais adocicado do
que a sacarose, apesar de seu poder adoçante ser 0,5 vezes mais fraco.
Steviosídeo
Foi
descoberto a mais de um século, considerado seguro e atóxico. É extraído de uma
planta (Stévia Reubadiana) e adoça 300 vezes mais do que o açúcar. É muitas
vezes associado a outros edulcorantes para retirar o sabor residual que eles
deixam. É estável a altas temperaturas e o único adoçante de origem vegetal
produzido em escala industrial. Não
possui contra indicações e seu sabor é um pouco amargo. Não causa cáries e
realça o sabor dos alimentos.
Xilitol
É um
álcool de açúcar obtido através da hidrogenação de xilose (um tipo de açúcar).
Seu poder adoçante é menor do que o do açúcar. Não favorece a formação de
cáries.
Recomendações de uso saudável de adoçantes
O uso de
adoçantes ainda hoje gera muita polêmica, principalmente artificiais. Há quem
diga que eles causem diversos tipos de problemas, mas não existem constatações
que realmente validem essas informações.
De
qualquer forma, ao utilizar essas substâncias é essencial respeitar o limite de
consumo, e se seu caso permitir, dar preferência aos adoçantes de origem
natural.
Quem quer
perder peso deve ficar atento aos rótulos dos produtos, pois nem todo adoçante
engorda menos do que o açúcar.
Os
diabéticos devem verificar se o que irão consumir não é apenas uma mistura de
açúcar e edulcorantes, no intuito de diminuir o valor energético.
Pessoas
hipertensas devem procurar controlar o nível de sódio na alimentação, assim
como quem possui problemas renais. Adoçantes como o ciclamato ou a sacarina,
por exemplo, possuem níveis altos deste mineral.
Aqueles que
não estão em dietas especiais têm muitas duvidas entre usar açúcar e adoçante.
Um ponto de partida, segundo o nutricionista Gustavo Viena, pós-graduado em
nutrição esportiva pela Universidade Federal de Goiás, o adoçante continua
sendo uma boa escolha para evitar o alto índice glicêmico e calórico do açúcar.
O Steviosídeo é um dos mais indicados,
por ser de origem vegetal. O aspartame, o acessulfame e o cliclamato devem ser
utilizados com cautela, até porque existem estudos, mesmo que ainda
inconclusivos, relacionando essas substâncias com o câncer.
Além
desses adoçantes já utilizados há algum tempo no Brasil, a ANVISA liberou o uso
de outras três substâncias: a taumatina, o eritritol (ambos naturais) e o
neotame (artificial). A variedade de opções aumentando no país prova que os
brasileiros estão cada vez mais preocupados em levar uma vida mais saudável.
Para
saber qual o tipo certo de adoçante para você, o ideal é estar ciente de suas
restrições e necessidades, e ler com atenção os rótulos dos produtos
disponíveis no mercado.
Adoçantes
artificiais - Perigos na utilização
Muito se
tem falado sobre os adoçantes artificiais. Muitos são os e-mails, recebidos
pelo site de Nutrição do Portal Orgânico, solicitando esclarecimentos sobre a
utilização desses produtos.
A posição do site de Nutrição do Portal Orgânico em relação aos adoçantes artificiais, é a preconizada pela nossa consultora e colaboradora *Dra. Elaine de Azevedo, descrita em seu livro: "Alimentos Orgânicos", que transcrevemos a seguir:
"É importante mencionar o perigo dos adoçantes artificiais ou edulcorantes - a sacarina, o ciclamato e o aspartame - cujo uso é incentivado indiscriminadamente na mídia pela indústria farmacêutica.
A imagem da magreza, relacionada ao uso de adoçantes artificiais, em contraposição à obesidade e ao consumo de açúcar, utilizada na mídia, é muito simplista para dar conta da complexidade dos problemas relativos à obesidade. Além disso, as propagandas ignoram a ação tóxica dos adoçantes artificiais e as repercussões do seu uso na saúde humana. O aspartame é uma neurotoxina, ou seja, uma droga que destrói o sistema nervoso e o cérebro. Sua molécula tem três componentes: o ácido aspártico, a fenilalanina e o metanol. O ácido aspártico causa lesões cerebrais em experiência com animais. A fenilalanina existente no aspartame é neurotóxica, quando isolada dos outros aminoácidos das proteínas.
Facilita a ocorrência de ataques epiléticos e bloqueia a produção de serotonina, que é uma das substâncias existentes no cérebro para regular o sono. Níveis baixos de serotonina, além de insônia, provocam depressão, angústia e alterações no humor. O metanol, depois de ingerido, converte-se em formaldeído e ácido fórmico (principal componente do veneno das picadas da formigas). O formaldeído também é uma neurotoxina de ação cancerígena e faz parte do mesmo grupo das drogas como cianeto e arsênico.
Segundo o médico oncologista Dr. Juvenal Antunes Oliveira Filho, apesar de possuir um poder de adoçamento muito maior que o açúcar de cana comum, aliado a baixíssimas calorias, o uso constante de adoçantes artificiais pode criar problemas para o organismo, incluindo o aparecimento e agravamento de tumores em vários órgãos. Os ciclamatos foram proibidos nos EUA, mas continuam sendo vendidos livremente no Brasil. Nos anos 70 o Ministério da Saúde brasileiro proibiu a comercialização da sacarina, quando pesquisadores norte-americanos alardearam que esse adoçante poderia provocar câncer da bexiga em ratos. O câncer de bexiga é o segundo de maior incidência dos órgãos urogenitais no público masculino, perdendo apenas para o de próstata e representando 3% do total de tumores no Brasil. Órgãos oficiais prevêem aumento de 50% dos casos no mundo até 2020.
Segundo o médico, o aspartame pode estar relacionado com o desenvolvimento da doença de Alzheimer e de tumores cerebrais, cuja incidência tem crescido significativamente, embora não exista prova concreta dessa relação em ambas as doenças (Oncocamp, 2004). Leaderer (1991) desenvolveu estudos que mostram que o ciclamato, o aspartame e a sacarina usados em produtos light causam câncer de bexiga em cobaias.
Pesquisadores alertam que níveis baixos de aspartame desequilibram a função das glândulas pituitárias de camundongos. O bom funcionamento desta glândula garante o equilíbrio de inúmeros processos bioquímicos no organismo (Schainker; Olney, 1974). Alguns pesquisadores alertam para o fato de que o uso do aspartame de ação neurotóxica, pode estar relacionado a doenças sérias como o mal de Alzheimer, esclerose múltipla, doença de Parkinson e lúpus sistêmico.
Também disfunções como tontura, dores musculares, pressão alta, hemorragia de retina e depressão são associadas ao uso contínuo de adoçantes artificiais na dieta através de refrigerantes, de sucos de frutas, chocolates, balas, chicletes e produtos light em geral.
Uma lista
de cinqüenta e sete estudos científicos sobre as conseqüências do uso desse
adoçante pode ser encontrada no sítio eletrônico do Aspartame Victims Support
Group:
http://presidiotex.com/aspartame/index.html
- acesso em 2 jun 2005.
Com a expansão das dietas de redução calórica e com o crescimento da produção em larga escala de produtos diet e light, o uso de edulcorantes tem aumentando muito nos últimos anos. Essa tendência mais a correlação entre o câncer e os adoçantes, fez com que a Organização Mundial de Saúde recomendasse a ingestão diária do ciclamato em valores localizados entre 0,1 a 11 mg de adoçante por kg de peso corporal como aceitável, evitando intoxicações e maiores riscos à saúde (Fallon; Enig, 1999).
Os refrigerantes, chocolates, chicletes, geléias e outros produtos adoçados artificialmente - alguns conhecidos como sugar free - representam um grande perigo para a população. Os edulcorantes são medicamentos e só deveriam ser utilizados com moderação pelos diabéticos, que podem optar por um adoçante natural, a planta stévia, na forma de chá concentrado ou em pó, industrializada. Porém, é preciso certificar-se de sua pureza e integridade através das indicações do rótulo, pois muitos adoçantes à base de stévia, vendidos no mercado, contêm também adoçantes artificiais. “Alerta-se que mesmo essa planta deve ser usada sob prescrição dietética”.
Nota: É melhor não
arriscar e procurar adoçantes que não tenham contra-indicação.
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