Em 1990, apenas o câncer de intestino, o terceiro que mais
mata no mundo, havia sido relacionado à proteína da carne. De lá para cá,
também foram ligados ao consumo da carne o de boca, faringe e o de estômago
(campeão de mortes no Brasil). Hoje se comprova também sua relação com o câncer
de seio, pâncreas, próstata, útero, etc.
Existe um elo entre a proteína animal e a proliferação de
células malignas, embora não se saiba bem o porquê. Suspeita-se ser a gordura
que dificulta a digestão, forçando o fígado e o estômago a produzir ácido em
excesso e levando à corrosão das paredes dos intestinos, o que provoca mutações
cancerígenas, conforme explicou o oncologista suíço Fabio Levi, da Universidade
de Lausanne. Outra suspeita é o enxofre das carnes, que é devorado pelas
bactérias contidas no intestino – depois estas bactérias expelem substâncias
tóxicas e malignas.
O amino-heterocíclico também é uma substância perigosa,
ausente na carne crua, criada com a
quentura da grelha ou da panela, formando o preto crocante dos
churrascos e das frituras. “Os aminos acabam no interior das células, onde se
ligam ao DNA e provocam mutações cancerígenas”, diz Barbara Pence, da
Universidade Técnica do Texas, nos Estados Unidos. Ela demonstrou que esses
compostos chamuscados em altas doses atacam o intestino, o estômago e
os seios. Em contrapartida, substâncias presentes nas
frutas, verduras e grãos dificultam o crescimento de vários tipos de câncer,
agindo em combinação umas com as outras, conforme constataram pesquisadores dos
EUA.
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